HAIA-Pelo menos sete universidades árabes foram criadas recentemente em Haia capital politica da Holanda. Algumas até oferecem formação de piloto. Noutras o estudante pode formar-se em física nuclear. Mas nem todos estão convencido da validade destes diplomas.
O dr. Khalil, um iraquiano de cinquenta e poucos anos, não esconde o orgulho que tem da Universidade Livre de Haia, da qual é vice-reitor. Ele a descreve como uma organização sem fins lucrativos onde árabes que por motivos econômicos imigraram para a Europa podem continuar sua educação.
No seu escritório, num prédio moderno em Haia, trabalham uma dezena de pessoas, mas não se vê estudantes. Segundo o dr. Khalil, as aulas são ministradas em um outro local que, no momento, não está acessível. A universidade também oferece cursos por correspondência, via e-mail e pelo programa de chat Paltalk.
‘Amigos’
Todos os cursos na Universidade Livre são em árabe. “A maioria dos livros em inglês têm também uma tradução árabe”, explica o dr. Khalil. Este ano, 150 estudantes de bacharelado, 32 de mestrado e 25 de doutorado deverão receber seus diplomas em ciências políticas, filosofia e direito, entre outros.
A Universidade Livre não é a única deste tipo. Há seis outras em Haia, todas abertas recentemente por iraquianos. Dr. Khalil também é reitor de uma das outras universidades árabes: a Universidade La Haye, com sede no mesmo prédio. Ele mesmo fundou esta universidade, porque determinadas disciplinas não poderiam ser oferecidas pela Universidade Livre.
O website da Universidade La Haye informa, orgulhosamente, sobre um acordo com o Royal Jordanian Aviation College para o treinamento de cem pilotos e duzentos engenheiros de aviação.
Um outro membro da direção da Universidade Livre também tem sua própria universidade: a Universidade Holandesa de Ciência e Arte. Cada universidade se descreve como ‘amiga’ das outras duas.
Advertência
Em outros países,as recentes universidades árabes têm criado alguma polêmica. O Ministério de Educação Superior do Iraque advertiu um tempo atrás que as chamadas ‘Universidades Abertas’ na Holanda estavam vendendo diplomas superiores a iraquianos, em alguns casos, em disciplinas muito específicas, como física nuclear. E não faz muito tempo o Ministério da Educação da Suécia também advertiu sobre falsas universidades, entre as quais foi mencionada a filial sueca da Universidade Livre.
Dr. Khalil não sentiu afectado com a advertência sueca. Segundo ele, trata-se de um mal-entendido. Mas as dúvidas também surgiram na Holanda. A Universidade Livre foi expulsa da Plataforma de Escolas Particulares Reconhecidas da Holanda (Paepon) ‘por causa das informações enganosas que divulga em seu website’.
Experiência de vida
O próprio dr. Khalil tem três títulos de doutoramento. O seu primeiro título de doutor é da Universidade Livre de Haia, onde ele é vice-reitor. De acordo com o website da universidade, ele recebeu depois um PhD em administração nos Estados Unidos, embora não seja divulgado por qual instituição. Seu terceiro título de doutor aparece em seu currículo como sendo da Universidade Suffield. Este instituto norte-americano – não confundir com a famosa Universidade de Sheffield, na Inglaterra – fornece títulos de doutor com base na ‘experiência de vida’.
Na Holanda, qualquer pessoa pode inscrever uma universidade na câmara de comércio. Custa apenas 50 euros. Isso não quer dizer, naturalmente, que esta ‘universidade’ e os diplomas por ela conferidos sejam reconhecidos pelo governo holandês. Mas o dr. Khalil é optimista. A lei holandesa prescreve que uma universidade só pode ser reconhecido oficialmente após quatro anos de existência. Segundo ele, o reconhecimento da Universidade Livre de Haia é, portanto, “uma questão de tempo”.
Com RNW(Tareq al-Qaziri)
O dr. Khalil, um iraquiano de cinquenta e poucos anos, não esconde o orgulho que tem da Universidade Livre de Haia, da qual é vice-reitor. Ele a descreve como uma organização sem fins lucrativos onde árabes que por motivos econômicos imigraram para a Europa podem continuar sua educação.
No seu escritório, num prédio moderno em Haia, trabalham uma dezena de pessoas, mas não se vê estudantes. Segundo o dr. Khalil, as aulas são ministradas em um outro local que, no momento, não está acessível. A universidade também oferece cursos por correspondência, via e-mail e pelo programa de chat Paltalk.
‘Amigos’
Todos os cursos na Universidade Livre são em árabe. “A maioria dos livros em inglês têm também uma tradução árabe”, explica o dr. Khalil. Este ano, 150 estudantes de bacharelado, 32 de mestrado e 25 de doutorado deverão receber seus diplomas em ciências políticas, filosofia e direito, entre outros.
A Universidade Livre não é a única deste tipo. Há seis outras em Haia, todas abertas recentemente por iraquianos. Dr. Khalil também é reitor de uma das outras universidades árabes: a Universidade La Haye, com sede no mesmo prédio. Ele mesmo fundou esta universidade, porque determinadas disciplinas não poderiam ser oferecidas pela Universidade Livre.
O website da Universidade La Haye informa, orgulhosamente, sobre um acordo com o Royal Jordanian Aviation College para o treinamento de cem pilotos e duzentos engenheiros de aviação.
Um outro membro da direção da Universidade Livre também tem sua própria universidade: a Universidade Holandesa de Ciência e Arte. Cada universidade se descreve como ‘amiga’ das outras duas.
Advertência
Em outros países,as recentes universidades árabes têm criado alguma polêmica. O Ministério de Educação Superior do Iraque advertiu um tempo atrás que as chamadas ‘Universidades Abertas’ na Holanda estavam vendendo diplomas superiores a iraquianos, em alguns casos, em disciplinas muito específicas, como física nuclear. E não faz muito tempo o Ministério da Educação da Suécia também advertiu sobre falsas universidades, entre as quais foi mencionada a filial sueca da Universidade Livre.
Dr. Khalil não sentiu afectado com a advertência sueca. Segundo ele, trata-se de um mal-entendido. Mas as dúvidas também surgiram na Holanda. A Universidade Livre foi expulsa da Plataforma de Escolas Particulares Reconhecidas da Holanda (Paepon) ‘por causa das informações enganosas que divulga em seu website’.
Experiência de vida
O próprio dr. Khalil tem três títulos de doutoramento. O seu primeiro título de doutor é da Universidade Livre de Haia, onde ele é vice-reitor. De acordo com o website da universidade, ele recebeu depois um PhD em administração nos Estados Unidos, embora não seja divulgado por qual instituição. Seu terceiro título de doutor aparece em seu currículo como sendo da Universidade Suffield. Este instituto norte-americano – não confundir com a famosa Universidade de Sheffield, na Inglaterra – fornece títulos de doutor com base na ‘experiência de vida’.
Na Holanda, qualquer pessoa pode inscrever uma universidade na câmara de comércio. Custa apenas 50 euros. Isso não quer dizer, naturalmente, que esta ‘universidade’ e os diplomas por ela conferidos sejam reconhecidos pelo governo holandês. Mas o dr. Khalil é optimista. A lei holandesa prescreve que uma universidade só pode ser reconhecido oficialmente após quatro anos de existência. Segundo ele, o reconhecimento da Universidade Livre de Haia é, portanto, “uma questão de tempo”.
Com RNW(Tareq al-Qaziri)
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