CV DIASPORA PORT.:HOMENAGEM AO BANA EM LISBOA

LISBOA-"Não sei se existiria música no mundo sem a música de Cabo Verde" foram estas as palavras que o primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves na noite de homenagem ao "Rei" das mornas e coladeiras, Bana, que comemora 52 anos de carreira, que juntou amigos e fãs no Teatro São Luiz, numa noite de vozes incomparáveis e muitas emoções.
Bana, era um homem visivelmente emocionado com a homenagem, e no seu estilo característico, sempre brincalhão e bem-disposto animava o público que não parava de aplaudir a cada actuação.
Músicas como Lena, Lua Nha Testemunha, Verdianinha, Beijo de Sodade, Maria Barbara entre outras marcaram o repertório do “Rei” das mornas e coladeiras. Falar de Bana é falar da cultura cabo-verdiana inevitavelmente, pois o cantor é considerado o embaixador da música de Cabo Verde, estimado e apreciado quer "nas ilhas do Atlântico, quer nas ilhas da diáspora", como elogiou José Maria Neves.
Na noite dedicada ao “Rei” das mornas e coladeiras muitas foram as surpresas. O primeiro momento alto surgir quando pai e filha, Luz Maria, cantaram em dueto para surpresa do próprio Bana, que não sabia que iria cantar em dueto com a filha, seguindo-se depois duetos com Mayra Andrade no tema, Verdianinha, Celina Pereira com Beijo de Sodade e ainda com o seu grande amigo Morgadinho. Celina Pereira no final da sua actuação cantou em brasileiro para o Bana.
O músico Dany Silva recordou Bana ainda nos tempos em que andava na faculdade, nas vezes em que Bana se encontrava com os estudantes Cabo-verdianos em Campo de Ourico para conviver e tocar. Por entre o palco passaram nomes como Leonel Almeida, Luís Fortes, Mayra Andrade, Luz Maria, Morgadinho, Celina Pereira, Dany Silva, Tito Paris sobre a orquestração de Zé Afonso.
No final da homenagem, o primeiro-ministro de Cabo Verde, que esteve presente na cerimónia, aproveitou para agradecer ao Bana pelo seu contributo na divulgação e promoção da música cabo-verdiana pelo mundo.
“É a voz das ilhas do atlântico de todas as ilhas da diáspora e estar voz poderosa do Bana tem conseguido projectar Cabo Verde no mundo inteiro”.
O primeiro-ministro cabo-verdiano foi mais longe dizendo que “não sabia se existiria música no mundo sem a música de Cabo Verde”.
Por sua vez o homenageado aproveitou a oportunidade para agradecer a todos os presentes, ao Governo de Cabo Verde pela pronta ajuda que disponibilizaram, e a todos os médicos e enfermeiros que o ajudaram quando esteve no Hospital da Luz em tratamento.
No final da homenagem os músicos presentearam Bana com vários presentes, algumas vindas de músicos e cantores que estão noutras partes do mundo, como Angola, que fizeram questão de estarem ligados a mais esta homenagem.
Sapo.cv-Por Odair Soares