PRAIA-Daniela Mercury despida do fato de estrela e em estilo coloquial disse estar de volta a Cabo Verde pela experiência humana e musicalidade do povo que, no Festival da Baia da Gatas, a tinha marcado pela alegria, generosidade e carinho.
A cantora brasileira chegou a Cabo Verde a dois de Junho para um espectáculo muito aguardado pelos praienses e atraiu um número excepcional de jornalistas, fotógrafos e operadores de câmara para uma conferência de imprensa que virou festa com direito a musica ao vivo, letra improvisada, percussão na mesa e cantos a capela.
O convidado nordestino, Targino Godim, foi buscar a sua sanfona e contribuiu tocando fórró mas Daniela foi a simpática protagonista tendo até chamado um homem cabo-verdiano para dançar. Toni Teixeira foi a quem coube a representação do dançarino crioulo.
Sou um presente do Brasil
A cantora diz estar honrada com o convite para representar o Brasil e que “esta noite a música vai dizer quem somos como povo”, num espectáculo com muita percussão, axé, sambá, forró, candomblé, rock, electrónica e muitas fusões. Acrescenta ainda: “trouxe toda a minha família, meus filhos vão estar em cima do palco onde vou ter ao todo seis bailarinos e uma multidão de músicos”. O Show durara três horas diz a rir garantindo mais a sério que devera ter por volta de duas horas eléctricas.
Tito Paris é o convidado cabo-verdiano, com quem partilhou o palco em num show em Portugal. “Depois fomos ao restaurante dele e cantamos a noite inteira”, conta ainda Daniela Mercury que afirmou também que a “a música visceral do mundo é feita pelos africanos e Cabo Verde é um manancial de talentos”.
Na sequência, referiu-se a Sara Tavares a quem chama para saber como cantar em crioulo e que também é compositora de uma das músicas do seu último CD, uma canção que chamou a sua atenção, “logo que ouvi disse que era uma canção de união do mundo”.
Porquê uma quarta-feira?
O dia escolhido deve-se, segundo os organizadores, a motivos de agenda da cantora cabeça de cartaz, Daniela Mercury e ao contexto em que insere o evento, uma oferta do governo brasileiro no âmbito das comemorações dos 550 anos do achamento de Cabo Verde e do 35º aniversário da independência.
Claridália é o nome do concerto, fruto da fusão do nome do movimento literário cabo-verdiano Claridade e o nome da actual tournée da cantora brasileira para quem o dia da semana não deve ser relevante pois diz que nem conta os anos de carreira, mais de vinte, pois “ainda é muito menininha”.
SAPO.CV
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