quarta-feira, 30 de setembro de 2009

ANGOLA:Investimento nacional superou o estrangeiro

AGUINALDO JAIME-AGÊNCIA DE INVESTIMENTO PRIVADO-ANIP

LUANDA-O investimento privado dos empresários nacionais conheceu um incremento favorável face ao investimento estrangeiro nos últimos meses, representando mais de 50 por cento do valor já aprovado, segundo o presidente da Agência de Investimento Privado (ANIP), Aguinaldo Jaime, que falava numa palestra sobre “Contributo do Investimento Privado para o Desenvolvimento Sustentável – Papel da ANIP”.
Aguinaldo Jaime considerou que este é um factor que indicia a crescente confiança dos angolanos e dos estrangeiros residentes no futuro económico do país.
Relativamente às propostas de investimento privado, a agência aprovou no final de Julho do ano em curso, 268 propostas de investimentos avaliados em cerca de mil milhões de dólares, perdendo apenas em cerca de 12 por cento face ao período homólogo do ano passado. Do total de propostas de investimentos aprovados, o investimento nacional representa mais de 50 por cento do valor.
O presidente da Agencia de Investimento Privado sustentou que a diferença de valor deste ano face as do ano passado está a ser alimentada pela retracção do investimento privado oriundo da União Europeia e Estados Unidos, duas áreas fortemente afectadas pela crise, lembrando que apesar disso, subiu o investimento com origem em África, Ásia, na América Central e na América do Sul.
Das propostas aprovadas, a Agricultura lidera a lista de preferência no processo de investimento nacional, seguido da indústria transformadora, um factor que para já constitui uma mola impulsionadora para a criação de condições para a segurança alimentar.
No que toca às regiões de preferência e distribuição dos investimentos, a província de Malanje aparece em primeiro lugar, seguida de Luanda, Bengo, Cabinda e Benguela.
Na óptica de Aguinaldo Jaime, este comportamento dos investidores revela que começam a compreender que Luanda não é o único destino possível para investir. “Isto pode determinar o fim das assimetrias regionais, levando a que o país se desenvolva harmoniosamente e como um todo”, referiu.
Em torno do desenvolvimento sustentável, referiu que está baseado no respeito pelo meio ambiente e na exploração racional dos recursos que existem no solo, subsolo, mar e nos rios, numa altura em que estão a ser desenvolvidos esforços para que sejam aplicadas em Angola políticas amigas do ambiente.
Disse ainda que o desenvolvimento sustentável assenta no papel relevante da inovação e do conhecimento, onde a formação e o capital humano jogam um papel preponderante. “Este factor também se baseia na igualdade de oportunidades para todos os cidadãos e na liberdade de iniciativa e no acesso e benefício dos frutos do crescimento para toda a população”, acrescentou.
Apesar da crise económica, Angola não foi muito afectada em termos de propostas de investimentos aprovadas.
JORNAL DE ANGOLA.AO-Por João de Deus

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