sexta-feira, 25 de setembro de 2009

BRASIL:Lula pede que G20 substitua o G8 como fórum mundial

O presidente Lula, o presidente norte-americano, Barack Obama, e as primeiras-damas Marisa Letícia e Michelle Obama, nesta quinta (24) (Foto: Ricardo Stuckert/Presidência)

PITTSBURGH-O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que o G20 substitua o G8 como principal fórum de liderança, para que os países emergentes possam ter seu lugar apropriado ao lado dos países desenvolvidos no cenário mundial.
"Eu acredito que não existe qualquer motivo para um G8 ou qualquer outro G", exceto o G20, disse Lula em entrevista ao programa de TV "The NewsHour", com Jim Lehrer, do canal PBS dos EUA.
"Eu acredito que devemos garantir que o G20 deve ser agora um importante fórum para discutir as principais decisões econômicas do mundo", acrescentou. Brasil, China e Índia devem ter mais voz nas questões mundiais porque eles são grandes consumidores e produtores e "estamos melhor preparados do que os países ricos para esta crise", disse Lula.
Os três gigantes emergentes fazem parte do G20, mas não do G8, que é composto pelos EUA, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Japão, Canadá e Rússia. O G20 é composto pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia.
Lula também pediu aos líderes do G20, reunidos nesta quinta-feira (24) e sexta-feira (25) em Pittsburgh (EUA), para apressarem a revisão das regras financeiras, fortalecer os padrões de capital dos bancos e acabar com os paraísos fiscais.
"É necessário para nós aproveitarmos esta crise e fazer as coisas do jeito certo", disse o presidente brasileiro.
Mensagem
Lula levará ao G20 um comunicado assinado por 88 países em desenvolvimento com pedidos relacionados à rodada Doha, da Organização Mundial do Comércio (OMC), afirmou o embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Antonio Patriota. A mensagem incluirá um posicionamento contra a escalada do protecionismo. Em entrevista em Pittsburgh, o embaixador ponderou que o conteúdo da mensagem aponta bases concretas para que a rodada Doha seja retomada e concluída. A entrega do comunicado está prevista para o almoço oficial dos chefes de Estado e de governo, nesta sexta.
GLOBO.COM-G1

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