ASSUNÇÃO DOS ANJOS-MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
NOVA IORQUE-O ministro das Relações Exteriores de Angola, Assunção dos Anjos, garantiu o empenho de Luanda na consolidação do processo de paz e reconciliação da Guiné-Bissau, na intervenção na 64.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.No seu discurso, segunda-feira ao final da tarde, Assunção dos Anjos reiterou o empenho de Luanda na procura da manutenção dos apoios das organizações internacionais, como a União Africana ou as Nações Unidas, O chefe da diplomacia angolana elogiou ainda os progressos registados em países como a República Democrática do Congo, Burundi, Libéria, Serra Leoa ou a Costa do Marfim, no contexto africano, mas deixou um olhar especial sobre a Guiné-Bissau.Na sua intervenção Assunção dos Anjos reiterou ainda o pedido antigo de Luanda para que as Nações Unidas procedam à reforma do Conselho de Segurança e, referindo-se à crise internacional, considerou que os países africanos foram muito afectados devido à redução do preço dos bens que o continente exporta.O governante angolano lembrou ainda que a retenção de capitais de investimento estrangeiro contribuiu para o impacto da crise económica e financeira mundial em África, sublinhando que "os esforços para a liberalização do comércio são insuficientes, mas bem-vindos".
Assunção dos Anjos elogiou ainda os esforços em curso para "reforçar as instituições de regulação económica e financeira" e o incentivo à fluidez e transparência na transferência de capitais para os países menos desenvolvidos.O ministro angolano destacou as iniciativas multilaterais que decorrem actualmente no mundo, nomeadamente a cooperação China-África, África-América do Sul ou, entre outros, a aproximação Europa-África. "Todos eles são fundamentais para o desenvolvimento dos países menos desenvolvidos, que inclui grande número de países africanos, e Angola em particular", afirmou o ministro das Relações Exteriores angolano perante a Assembleia-Geral da ONU.
Assunção dos Anjos falou do sucesso dos esforços angolanos no caminho do desenvolvimento, sublinhando que entre 2004 e 2007 o país cresceu "92 por cento em termos reais", levando esta recuperação económica em tão curto espaço de tempo a que o povo ganhasse "confiança no futuro".
O ministro angolano mostrou-se ainda preocupado com o tráfico de droga no continente africano, pedindo ao Conselho de Segurança que mantenha o apoio no combate a este crime, bem como ao contrabando de armas, pirataria e terrorismo.Segundo Assunção dos Anjos, a prevenção dos conflitos e as resoluções "não podem ser separadas das medidas de combate ao crime organizado e transnacional, à exploração ilegal de recursos e comércio à margem da lei de armas de pequeno calibre".
OJE/LUSA.PT
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