Alegando que era uma excepção durante o mês do Ramadão
MAPUTO-O Governo moçambicano voltou a proibir o uso do véu islâmico nas escolas moçambicanas, com fundamento na laicidade do Estado, depois de uma excepção durante o mês do Ramadão, o período de maior devoção da comunidade islâmica.
O regulamento do ensino secundário moçambicano sobre o uso de uniforme determina que os estudantes se apresentem trajados de uma indumentária específica que identifica o estabelecimento de ensino, mas no período do Ramadão estes têm a prerrogativa de usarem o véu, ainda assim vestindo o uniforme.
Em declarações hoje à Lusa, a directora pedagógica da Escola Secundária Francisco Manyanga, Lúcia Coana, confirmou o retorno à proibição do uso do véu islâmico, afirmando que esta medida era uma excepção durante o mês do Ramadão (que terminou domingo).“Moçambique é um Estado laico. O uso de véu só é permitido durante o Ramadão.
A sua proibição visa evitar que as pessoas se apresentem com diferentes princípios nas escolas”, disse a responsável.
No início do mês, que coincidiu com o arranque do Ramadão, o Governo moçambicano viu-se obrigado a emitir um comunicado de imprensa intimando duas escolas de Maputo que haviam interditado mulheres islâmicas de trajarem o véu.
A decisão das duas escolas levou a protestos da poderosa comunidade islâmica do país e levou o presidente do Conselho Islâmico de Moçambique, Abdul Carimo, a considerar a medida “uma ingerência na liberdade de culto defendida pela Constituição moçambicana”. “A Constituição da República abre espaço para a livre manifestação cultural e religiosa dos cidadãos. O lenço é algo que é cultural na nossa sociedade”, disse na ocasião Abdul Carimo.
Na sequência da polémica, o Ministério da Educação e Cultura de Moçambique emitiu um curto comunicado, em que instava as direcções das escolas do país para “excepcionalmente admitirem as formas de apresentação dos alunos que estejam estritamente ligadas ao momento religioso em que se encontram”.
Estatísticas oficiais indicam que 17 por cento dos 20,3 milhões de moçambicanos professam a religião muçulmana, mais predominantemente na região costeira do norte do país.
OPAIS.SAPO.MZ
MAPUTO-O Governo moçambicano voltou a proibir o uso do véu islâmico nas escolas moçambicanas, com fundamento na laicidade do Estado, depois de uma excepção durante o mês do Ramadão, o período de maior devoção da comunidade islâmica.
O regulamento do ensino secundário moçambicano sobre o uso de uniforme determina que os estudantes se apresentem trajados de uma indumentária específica que identifica o estabelecimento de ensino, mas no período do Ramadão estes têm a prerrogativa de usarem o véu, ainda assim vestindo o uniforme.
Em declarações hoje à Lusa, a directora pedagógica da Escola Secundária Francisco Manyanga, Lúcia Coana, confirmou o retorno à proibição do uso do véu islâmico, afirmando que esta medida era uma excepção durante o mês do Ramadão (que terminou domingo).“Moçambique é um Estado laico. O uso de véu só é permitido durante o Ramadão.
A sua proibição visa evitar que as pessoas se apresentem com diferentes princípios nas escolas”, disse a responsável.
No início do mês, que coincidiu com o arranque do Ramadão, o Governo moçambicano viu-se obrigado a emitir um comunicado de imprensa intimando duas escolas de Maputo que haviam interditado mulheres islâmicas de trajarem o véu.
A decisão das duas escolas levou a protestos da poderosa comunidade islâmica do país e levou o presidente do Conselho Islâmico de Moçambique, Abdul Carimo, a considerar a medida “uma ingerência na liberdade de culto defendida pela Constituição moçambicana”. “A Constituição da República abre espaço para a livre manifestação cultural e religiosa dos cidadãos. O lenço é algo que é cultural na nossa sociedade”, disse na ocasião Abdul Carimo.
Na sequência da polémica, o Ministério da Educação e Cultura de Moçambique emitiu um curto comunicado, em que instava as direcções das escolas do país para “excepcionalmente admitirem as formas de apresentação dos alunos que estejam estritamente ligadas ao momento religioso em que se encontram”.
Estatísticas oficiais indicam que 17 por cento dos 20,3 milhões de moçambicanos professam a religião muçulmana, mais predominantemente na região costeira do norte do país.
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