sexta-feira, 25 de setembro de 2009

PORTUGAL:ELEIÇÕES LEGISLATIVAS-SONDAGENS

(OPÚBLICO.PT)O PS disparou na sondagem feita pela Intercampus para o PÚBLICO, a TVI e o Rádio Clube Português. Os socialistas obtêm 38 por cento das intenções de voto, entrando assim numa aproximação clara da barreira dos 40 por cento, pelo que é possível ainda a Sócrates repetir a maioria absoluta.


LISBOA-A dois dias das legislativas, o PS está mais à frente nas intenções de voto, agora com oito pontos percentuais de vantagem sobre o PSD.

Em relação à sondagem da Universidade Católica, publicado pelo DN há uma semana, os socialistas mantêm os 38%, contudo, o partido de Manuela Ferreira Leite desce dois pontos.

O Bloco de Esquerda (11%) perde um ponto, mas está firme na terceira posição.
Com estas previsões, os socialistas poderão eleger 100 deputados (ficam a 16 da maioria absoluta), o PSD 80 e o BE (com 8 deputados em 2005) ocupará 22 lugares no Parlamento.

O CDS-PP terá 15 deputados na Assembleia da República e a CDU 13.

Se domingo as previsões coincidirem com os resultados reais, José Sócrates apenas com dois partidos poderá formar uma eventual maioria absoluta: o bloco central, com PSD, ou uma coligação à esquerda, ao lado do BE.

A estratégia do voto útil, que José Sócrates e Manuela Ferreira a Leite usaram nos últimos dias de campanha, parece não ter colhido grande de simpatia por parte do eleitorado.

Nesta sondagem da Universidade Católica para o DN, JN , RTP e Antena 1, realizada entre os dias 17 e 22 de Setembro, o CDS-PP (8%) sobe um ponto percentual e a CDU mantém os 7% da última pesquisa.

Comunistas e populares podem, no entanto, trocar de posição.
A percentagem de um ponto que separa a partido do Paulo Portas e o de Jerónimo de Sousa "carece de significância estatística".
Ou seja, segundo o responsável pelo estudo, a sondagem não permite fazer interferência para o eleitorado do Continente sobre que partido, CDS-PP ou CDU, "teria mais intenções de voto válidas no momento em que a sondagem foi feita".
O caso das alegadas escutas em Belém que forçou o Presidente da República, Cavaco Silva, a demitir o seu principal assessor, Fernando Lima, e é considerado um dos factos políticos mais fortes dos últimos dias, não terá ajudado o PS a abeirar-se mais da maioria absoluta. Mas terá deixado marcas no PSD. Refira-se que a demissão foi conhecida quando parte substancial do trabalho de campo desta sondagem já se encontrava concluída.
Em relação à última sondagem da Universidade Católica, um dado importante: a descida significativa do número dos que dizem que poderão votar, mas ainda não decidiram em quem (são 12% da amostra); e o aumento de quatro ponto percentuais daqueles que "de certeza" irão votar, sendo agora 69%.
Numa outra sondagem divulgada ontem, da Marktest para a TSF e o Diário Económico, o PS surgiu com 40% das intenções de voto, com uma vantagem de 8,4 % do PSD (31,6%). Se fosse este o resultado no domingo, os socialistas elegeriam 105 deputados, ficando a onze da maioria absoluta.

O PS, em comparação a última previsão realizada pela mesma empresa há 15 dias, sobe 4,7 pontos, sobretudo à custa do Bloco de Esquerda, que desce de 16,2% para 9%. O BE mantém, contudo, a terceira posição. Os dados indicam que a estratégia do voto útil, para o lado do partido de Sócrates, está a resultar.
DN.PT

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