PRAIA:A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, chega hoje à noite a Cabo Verde, última etapa do périplo africano iniciado no passado dia 5 e que incluiu sete países, entre os quais Angola.Em Cabo Verde, onde tem agendado um encontro com o primeiro-ministro José Maria Neves - em que participará o chefe da diplomacia do arquipélago, José Brito -, Hillary Clinton vai reconhecer o que os EUA consideram o sucesso da governação naquele país e que assenta na transparência na gestão económica e política do arquipélago, bem como na educação.
Entre os temas em discussão do encontro entre Hillary Clinton e José Maria Neves, figuram as relações comerciais bilaterais, o envolvimento da diáspora cabo-verdiana nos Estados Unidos nas economias e nos processos de desenvolvimento dos dois países e, sobretudo, a questão da segurança e do narcotráfico no Atlântico Médio.
Embaixadora dos EUA diz que sucesso de Cabo Verde "assenta na transparência e na educação"
O sucesso de Cabo Verde deve-se à transparência na gestão económica e política do país e à educação, que motiva os cabo-verdianos a participar no desenvolvimento, disse à Lusa a embaixadora norte-americana na Cidade da Praia.Contactada telefonicamente a partir de Lisboa, Marianne Myles defende serem "muitas as características boas que contribuem para a boa governação". Entre estas características, a diplomata destaca que "os dois ingredientes mais importantes são a transparência e a educação".
Na entrevista à Lusa, a embaixadora norte-americana antecipa a estada da secretária de Estado Hillary Clinton, que chega hoje à noite a Cabo Verde, última etapa do périplo africano que a levou antes a outros seis países, entre os quais Angola.
Hillary Clinton, refere a diplomata, leva ao arquipélago uma mensagem sobre "a boa relação entre os dois países e uma reflexão positiva sobre todos os sucessos de Cabo Verde, e também a boa governação sobre a qual Cabo Verde é bem conhecido", frisa.
Outra mensagem será dirigida aos interesses comuns dos dois países, enquadrados no que a diplomata norte-americana descreve como "prioridades do relacionamento bilateral".
Esses interesses comuns são o reforço da segurança para diminuir qualquer tipo de tráfico ilegal, o desenvolvimento económico, "com ênfase no sector de transportes", e o reforço da democracia através de investimentos na educação.
A visita de Hillary Clinton a África ocorre num período em que a China se tornou num dos principais clientes das matérias-primas do continente.
Marianne Myles diz não ver razão para os EUA se preocuparem com o interesse da China em África, até porque Washington e Pequim mantêm "uma relação muito ampla, muito profunda, especialmente na área do comércio".
"É lógico pensar que Cabo Verde e os outros países africanos também vão procurar as mesmas vantagens oferecidas pela China", adianta.
Dada a localização geográfica de Cabo Verde, a diplomata norte-americana destaca o papel do arquipélago no que considera dever ser um "esforço global" na luta contra qualquer tipo de tráfico ilegal, desde o narcotráfico ao tráfico ilegal de pessoas, passando pela pesca e imigração ilegal.
A cooperação estratégica que os EUA e Cabo Verde estabeleceram assume múltiplas formas, lembra Marianne Myles.
"Até agora temos feito muitas operações navais, muitos patrulhamentos. O AFRICOM (Comando norte-americana para África) também participa, bem como o FBI, na formação da Polícia Judiciária e Polícia Nacional", destaca.
Quanto ao combate ao terrorismo internacional, a embaixadora salienta a importância de "controlar a lavagem de capitais".
"Estou muito contente por Cabo Verde ter nova legislação sobre a lavagem de capitais e esta nova lei mostra o profundo interesse do Governo de Cabo Verde nessa matéria", assinala.
A cooperação estratégica entre Washington e a Cidade da Praia nesta matéria pode ainda ser completada "com trocas de informações resultante de investigações".
Hillary Clinton chega hoje à noite a Cabo Verde e, no dia seguinte, tem previsto um encontro com o primeiro-ministro José Maria Neves, em que participará também o chefe da diplomacia cabo-verdiana, José Brito.
A secretária de Estado norte-americana a regressa a Washington na manhã de sexta-feira.
OJE/LUSA
Entre os temas em discussão do encontro entre Hillary Clinton e José Maria Neves, figuram as relações comerciais bilaterais, o envolvimento da diáspora cabo-verdiana nos Estados Unidos nas economias e nos processos de desenvolvimento dos dois países e, sobretudo, a questão da segurança e do narcotráfico no Atlântico Médio.
Embaixadora dos EUA diz que sucesso de Cabo Verde "assenta na transparência e na educação"
O sucesso de Cabo Verde deve-se à transparência na gestão económica e política do país e à educação, que motiva os cabo-verdianos a participar no desenvolvimento, disse à Lusa a embaixadora norte-americana na Cidade da Praia.Contactada telefonicamente a partir de Lisboa, Marianne Myles defende serem "muitas as características boas que contribuem para a boa governação". Entre estas características, a diplomata destaca que "os dois ingredientes mais importantes são a transparência e a educação".
Na entrevista à Lusa, a embaixadora norte-americana antecipa a estada da secretária de Estado Hillary Clinton, que chega hoje à noite a Cabo Verde, última etapa do périplo africano que a levou antes a outros seis países, entre os quais Angola.
Hillary Clinton, refere a diplomata, leva ao arquipélago uma mensagem sobre "a boa relação entre os dois países e uma reflexão positiva sobre todos os sucessos de Cabo Verde, e também a boa governação sobre a qual Cabo Verde é bem conhecido", frisa.
Outra mensagem será dirigida aos interesses comuns dos dois países, enquadrados no que a diplomata norte-americana descreve como "prioridades do relacionamento bilateral".
Esses interesses comuns são o reforço da segurança para diminuir qualquer tipo de tráfico ilegal, o desenvolvimento económico, "com ênfase no sector de transportes", e o reforço da democracia através de investimentos na educação.
A visita de Hillary Clinton a África ocorre num período em que a China se tornou num dos principais clientes das matérias-primas do continente.
Marianne Myles diz não ver razão para os EUA se preocuparem com o interesse da China em África, até porque Washington e Pequim mantêm "uma relação muito ampla, muito profunda, especialmente na área do comércio".
"É lógico pensar que Cabo Verde e os outros países africanos também vão procurar as mesmas vantagens oferecidas pela China", adianta.
Dada a localização geográfica de Cabo Verde, a diplomata norte-americana destaca o papel do arquipélago no que considera dever ser um "esforço global" na luta contra qualquer tipo de tráfico ilegal, desde o narcotráfico ao tráfico ilegal de pessoas, passando pela pesca e imigração ilegal.
A cooperação estratégica que os EUA e Cabo Verde estabeleceram assume múltiplas formas, lembra Marianne Myles.
"Até agora temos feito muitas operações navais, muitos patrulhamentos. O AFRICOM (Comando norte-americana para África) também participa, bem como o FBI, na formação da Polícia Judiciária e Polícia Nacional", destaca.
Quanto ao combate ao terrorismo internacional, a embaixadora salienta a importância de "controlar a lavagem de capitais".
"Estou muito contente por Cabo Verde ter nova legislação sobre a lavagem de capitais e esta nova lei mostra o profundo interesse do Governo de Cabo Verde nessa matéria", assinala.
A cooperação estratégica entre Washington e a Cidade da Praia nesta matéria pode ainda ser completada "com trocas de informações resultante de investigações".
Hillary Clinton chega hoje à noite a Cabo Verde e, no dia seguinte, tem previsto um encontro com o primeiro-ministro José Maria Neves, em que participará também o chefe da diplomacia cabo-verdiana, José Brito.
A secretária de Estado norte-americana a regressa a Washington na manhã de sexta-feira.
OJE/LUSA
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