PRAIA-As possibilidades de trazer a sede do AFRICOM para África são "zero" e a adesão de Cabo Verde à NATO, mesmo no médio/longo prazo, está fora de questão. Segundo o adjunto do comandante para as Actividades Civis e Militares do AFRICOM, Tony Holmes, que começou ontem uma visita de trabalho de dois dias a Cabo Verde, é "muito provável" que a sede da instituição se mantenha em Estugarda (Alemanha) além de 2012, ano em que, inicialmente, se previa uma mudança de instalações.
"Mais do que lógico, é até muito provável que se mantenha em Estugarda além de 2012. As possibilidades de se mudar para África são zero. Houve, em tempos, alguma discussão para que se mude para os EUA e isso ainda não está fechado. Mas para África não", assegurou Tony Holmes.
Questionado pela Lusa sobre uma eventual adesão de Cabo Verde à NATO, o diplomata norte-americano, ligado ao Departamento de Estado, em Washington, afirmou nunca ter sequer pensado na questão.
"Só posso dizer que a União Europeia é muito diferente da NATO. (Cabo Verde) tem uma parceria com a UE", respondeu, quando confrontado sobre se a adesão à NATO será despropositada, dado as excelentes relações da Cidade da Praia com os 27 e a "relação de confiança forte" com os EUA. "Não estou capacitado para responder a essa questão. Nunca sequer pensei nela".
Por seu lado a ministra da Defesa cabo-verdiana, Cristina Fontes Lima, também questionada pela Lusa, afirmou que a questão da adesão de Cabo Verde à Aliança Atlântica "nunca se colocou".
"A NATO é do Atlântico Norte e nós somos do Atlântico Médio e Sul. Essa questão nunca se colocou. Sempre defendemos as parcerias e de coordenações no quadro de partilha de valores comuns, como da promoção da democracia, defesa dos Direitos Humanos, segurança e estabilidade", afirmou.
OJE/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentar com elegância e com respeito para o próximo.