LAGOS-O principal grupo armado da Nigéria, que efectua "uma guerra do petróleo", decretou um cessar-fogo temporário de 60 dias, após a libertação do seu chefe Henry Okah na segunda-feira, no âmbito de uma amnistia presidencial."A contar das 00:00 horas de quarta-feira, 15 de Julho de 2009, o Movimento para a emancipação do delta do Níger (MEND) observará um cessar-fogo temporário por um período de 60 dias", indicou o grupo num comunicado.O MEND explica que a decisão foi guiada por vários factores, sendo o mais determinante a libertação de Henry Okah, preso desde o fim de 2007.O movimento indica que considera a sua libertação "um passo para uma paz e uma prosperidade verdadeiras se a Nigéria estiver aberta a discussões francas e a discutir os problemas de fundo" que geraram o movimento de rebelião no delta do Níger, região petrolífera do Sul da Nigéria.Okah foi libertado segunda-feira, já que a justiça nigeriana abandonou as acusações de traição que pesavam contra ele, depois de aceitar uma amnistia presidencial. O engenheiro marítimo de 45 anos Henry Okah foi detido em Setembro de 2007 em Angola por tráfico de armas.O MEND assegura que vai constituir uma equipa de negociações com o Governo, mas impõe como "condição obrigatória" para qualquer discussão a retirada da Força mista polícia-exército (JTF) da zona do delta do Níger.O MEND afirma efectuar "uma guerra do petróleo" contra as multinacionais e as autoridades federais, oficialmente para obter uma maior parte dos rendimentos petrolíferos em prol das populações miseráveis da zona. Desde que surgiu em 2006 que o MEND multiplicou as sabotagens e ataques no Delta do Níger. Desde então a produção de petróleo bruto caiu cerca de um terço e atinge actualmente um limite de 1,8 milhões de barril/dia contra 2,6 mbj há três anos.A Nigéria, que durante muito tempo e de longe era o principal produtor de petróleo de África, está actualmente lado a lado com Angola.
Oje/Lusa
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