terça-feira, 11 de agosto de 2009

ONU:14 antigos Nobel da Paz escrevem carta aberta à ONU

Na carta aberta dirigida ao Conselho de Segurança da ONU, 14 laureados com o Nobel da Paz lembram a sua "irmã" Aung San Suu Kyi, distinguida em 1991 e já então impossibilitada de receber o prémio por estar detida.

Laureados com o Nobel da Paz instaram hoje a ONU a investigar "crimes contra a Humanidade" em Myanmar, no dia em que a sua "irmã", Aung San Suu Kyi, foi condenada a 18 meses de prisão domiciliária.
"Hoje, quando assistimos a uma nova injustiça grosseira cometida pelo regime de Myanmar, apelamos aos membros do Conselho de Segurança da ONU para criar uma comissão de inquérito sobre os crimes contra a Humanidade em Myanmar", escrevem os 14 signatários numa carta aberta em reacção à condenação da líder da oposição em Myanmar.
"É essencial que o regime seja responsabilizado pelos seus crimes e que a extensão da sua brutalidade seja alvo de um inquérito. Pensamos ser tempo de pôr fim à impunidade dos crimes da junta militar", adiantam.
Na carta aberta dirigida aos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU, os prémios Nobel da Paz lembram a sua "irmã" Aung San Suu Kyi, laureada em 1991, "novamente considerada culpada com base em acusações fabricadas" para, segundo o documento, ficar afastada das eleições nacionais prometidas pela junta de Myanmar para o próximo ano.
A carta é assinada por Mairead Maguire, Betty Williams, Rigoberta Menchu, Jody Williams, Shirin Ebadi, José Ramos-Horta, Dalai Lama, Mikhail Gorbatchev, Wangari Maathai, John Hume, Kim Dae-jung, Adolfo Perez Esquivel, Desmond Tutu e Elie Wiesel.
Já na altura privada de liberdade, Aung San Suu Kyi não pôde viajar até Oslo em 1991 para receber o seu Nobel, que foi entregue aos seus dois filhos, Alexander e Kim.
EXPRESSO.PT

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