quinta-feira, 24 de setembro de 2009

BRASIL:CORREIOS DE DROGAS FEMININOS NAS PRISÕES DE FORTALEZA


FORTALEZA-A cabo-verdiana "Maria" confessa que foi seduzida pelo dinheiro. A promessa de receber 16 mil euros para transportar oito quilos de cocaína do Brasil para Cabo Verde convenceu a jovem a aceitar a proposta. Hoje ela cumpre dois anos de prisão na capital cearense por tráfico de drogas. Foi detida em flagrante no aeroporto internacional Pinto Martins, em Fortaleza.
A jovem, de 22 anos, relata que entrou para o tráfico internacional em busca de melhores condições de vida para a família. Dentro do Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa (IPF), onde já cumpriu um ano e dois meses de reclusão, Maria revela à equipa do jornal O Povo que aceitou a proposta para montar o próprio negócio.

Ela conta que seguiu de Cabo Verde para São Paulo, pegou oito quilos de cocaína na cidade e foi detida em Fortaleza antes de conseguir embarcar de volta para o arquipélago.
“Queria recomeçar minha vida, montar meu negócio.

Lá em Cabo Verde não tem emprego, só exploração”. Maria ia receber 16 mil euros pelo serviço. “Lá, não falta nunca esse tipo de oferta”.
Actualmente, Maria trabalha numa das fábricas do presídio. Para cada três dias de serviço, um é retirado na pena. Mas ainda faltam nove meses para que a jovem possa voltar para a casa. Quando cumprir a pena, ela diz que deseja comprar presentes para mãe com parte do dinheiro do seu trabalho na fábrica.
A jovem aceitou conversar com a equipa do jornal O Povo, mas pediu para não revelar sua verdadeira identidade.
O nome Maria é fictício, escolhido pela repórter que conduziu a entrevista, porém não esconde a história de mais uma aliciada do tráfico internacional.
De acordo com a chefe de segurança e disciplina do IPF, Analupe Araújo, o número de mulheres que se submetem a transportar drogas no Brasil é crescente. Em 2005, estavam presas quatro estrangeiras em Fortaleza.
Hoje já são 38. Para a chefe de segurança brasileira são as dificuldades financeiras que movem a maioria das mulheres a aceitar esse tipo de serviço.
Mulheres detidas em Fortaleza
Do total de 38 presidiárias estrangeiras no IPF:
8 são de Cabo Verde;
5 da Espanha;
4 da Guiné Bissau e outras 4 da Bolívia;
2 da Guiana Francesa e duas da Alemanha;
1 da Polónia, África do Sul, Hungria, Bulgária, Filipinas, Ilhas Cayman, Moçambique, Roménia, Portugal, Suíça, Holanda, Itália e Colômbia.
Fonte:Asemanaonline/ O Povo online

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