sexta-feira, 11 de setembro de 2009

F1:«Renault pediu-me para provocar acidente», acusa Nelson Piquet jr.

O caso remonta a 2008. O piloto brasileiro Nélson Piquet Jr. acusou os dirigentes da equipa Renault de o terem forçado a provocar um acidente para beneficiar o seu colega de equipa Fernando Alonso durante o GP de Singapura, na temporada passada. Piquet foi entretanto dispensado da equipa.A France Presse cita o depoimento do piloto à FIA, que acabou por circular durante todo o dia nos sites especializados: «Fui procurado pelo senhor Flavio Briatore, que é meu agente e dono da equipa Renault F1, e pelo senhor Pat Symonds, director técnico da equipa Renault F1, que me pediram para bater com o meu carro deliberadamente para influenciar de forma positiva o desempenho da equipe Renault F1 na corrida em questão. Eu concordei com a proposta e fiz com que meu carro atingisse uma parede durante a volta 13/14 da corrida. A proposta de causar deliberadamente um acidente foi-me feita antes do começo da prova, quando fui intimado pelo senhor Briatore e pelo senhor Symonds no escritório do senhor Briatore.»A Renault foi acusada de ter provocado voluntariamente o acidente, para favorecer Alonso: a entrada dos safety-car em pista acabaram mesmo por garantir a vitória ao espanhol. Recorde-se que Alonso partiu da 15.ª posição da grelha e foi ao reabastecimento bastante cedo, antes de Piquet bater num muro e despistar-se. Após a entrada dos safety-car, os outros pilotos foram ao reabastecimento, perdendo posições. Alonso foi subindo e acabou por vencer o Grande Prémio. De acordo com o site da revista Autosport, o caso foi relatado pelo pai de Nelson Piquet Jr, o triplo campeão do mundo Nelson Piquet, por altura do GP da Hungria,no final de Julho, a última corrida do seu filho ao serviço da Renault – Piquet Jr. foi dispensado no início de Agosto. Piquet diz ter concordado em provocar o acidente por pensar que isso facilitaria a sua renovação de contrato, que não se veio a verificar e que lhe foi indicado o local exacto onde deveria bater, de modo a obrigar o safety-car a entrar, sem que se pudesse usar uma grua, e a volta em que o deveria fazer. A Renault será ouvida pela FIA a 21 de Setembro.
ABOLA.PT

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