GENEBRA-Três anos depois do derrame, um relatório da ONU estabelece relação "sólida" entre os lixos tóxicos e as mortes ocorridas em Abijan, para grande incómodo da multinacional Trafigura, que tenta chegar a um acordo amigável com as vítimas.
O derrame dos lixos tóxicos do cargueiro fretado pela Trafigura, Probo Koala, em Agosto de 2006 em Abijan, causou a morte de 17 pessoas, segundo a justiça costa-marfinense - 15 segundo o relatório e milhares de intoxicações."Existe uma base sólida para concluir que as mortes e as doenças estavam directa e indirectamente ligadas ao derrame", explicou em Genebra o relator especial da ONU sobre este dossiê, Okechukwu Ibeanu.
A Trafigura, negociante multinacional de produtos petrolíferos sediada em Londres, refuta com veemência estas conclusões. A companhia, que sempre contestou que os lixos tenham causado mortes e feridos, destacou uma "falta fundamental de equilíbrio e de rigor analítico".Okechukwu Ibeanu admite não dispor de "provas científicas" sobre os efeitos das 500 toneladas de resíduos. Mas adianta que "não é uma coincidência se milhares de pessoas ficaram doentes".
Dois órgãos britânicos de comunicação social, a BBC e o Guardian, pressionaram também a Trafigura, divulgando correios internos na companhia que dão a entender que alguns destes responsáveis estavam conscientes da perigosidade dos lixos.
A Trafigura denunciou o recurso "selectivo" a correios internos interpretados "fora do contexto".Estes desenvolvimentos ocorrem um dia depois do anúncio pela multinacional de que um "compromisso" está à vista com as vítimas.Mais de 30.000 vítimas marfinenses, representadas por um escritório de advogados britânico, já processaram a multinacional.
OJE/LUSA
O derrame dos lixos tóxicos do cargueiro fretado pela Trafigura, Probo Koala, em Agosto de 2006 em Abijan, causou a morte de 17 pessoas, segundo a justiça costa-marfinense - 15 segundo o relatório e milhares de intoxicações."Existe uma base sólida para concluir que as mortes e as doenças estavam directa e indirectamente ligadas ao derrame", explicou em Genebra o relator especial da ONU sobre este dossiê, Okechukwu Ibeanu.
A Trafigura, negociante multinacional de produtos petrolíferos sediada em Londres, refuta com veemência estas conclusões. A companhia, que sempre contestou que os lixos tenham causado mortes e feridos, destacou uma "falta fundamental de equilíbrio e de rigor analítico".Okechukwu Ibeanu admite não dispor de "provas científicas" sobre os efeitos das 500 toneladas de resíduos. Mas adianta que "não é uma coincidência se milhares de pessoas ficaram doentes".
Dois órgãos britânicos de comunicação social, a BBC e o Guardian, pressionaram também a Trafigura, divulgando correios internos na companhia que dão a entender que alguns destes responsáveis estavam conscientes da perigosidade dos lixos.
A Trafigura denunciou o recurso "selectivo" a correios internos interpretados "fora do contexto".Estes desenvolvimentos ocorrem um dia depois do anúncio pela multinacional de que um "compromisso" está à vista com as vítimas.Mais de 30.000 vítimas marfinenses, representadas por um escritório de advogados britânico, já processaram a multinacional.
OJE/LUSA
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