LISBOA-O Presidente da República, Cavaco Silva, afastou hoje Fernando Lima do cargo de responsável pela assessoria para a Comunicação social, que passará a ser desempenhado por José Carlos Vieira. Segundo disse à Lusa uma fonte oficial da Presidência da República, trata-se de uma "decisão do Presidente da República".
No 'site' da Presidência da República o nome de José Carlos Vieira já se encontra como o assessor para a Comunicação Social.
Na sexta-feira passada, o Diário de Notícias denunciou que o caso das alegadas escutas a Belém tinha sido encomendado por Fernando Lima a um jornalista do jornal Público.
Segundo o e-mail divulgado pelo DN, o jornalista Luciano Alvarez ter-se-á encontrado com o assessor da Presidência da República "num café discreto da Av. de Roma" para lhe entregar um dossier sobre Rui Paulo de Figueiredo, adjunto jurídico de José Sócrates, cujo comportamento levantou suspeitas aquando da visita de Cavaco Silva à Madeira em 2008.
A 18 de Agosto de 2009, mais de um ano depois do contacto com o assessor de Cavaco Silva, o Público publicou um artigo em que dava conta das suspeitas de Belém, a propósito de críticas do PS à alegada participação de assessores de Cavaco Silva na elaboração do programa eleitoral do PSD. Na notícia do Público, uma fonte de Belém questionava a forma como os socialistas poderiam saber dessa participação: "Como é que os dirigentes do PS sabem o que fazem, ou não fazem, os assessores do Presidente? Será que estão a ser observados, vigiados? Estamos sob escuta, ou há alguém na Presidência a passar informações? Será que Belém está sob vigilância?
Antes, o líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, já tinha adiantado o nome de Fernando Lima como a fonte da notícia do Público em entrevista à SIC.
Em Agosto, Cavaco Silva recusou-se a comentar o assunto para não desviar as atenções dos "problemas do país". Confrontado com a manchete do DN da última sexta-feira, o Presidente da República voltou a não comentar os desenvolvimentos por não achar conveniente desviar as atenções da campanha eleitoral para as legislativas; deixou, no entanto, um aviso: "Depois das eleições não deixarei de tentar obter mais informações sobre questões de segurança. O Presidente da República deve preocupar-se com questões de segurança."
O Presidente não desmentiu, contudo, que tenham vindo de Belém as denúncias de alegadas escutas nem que o assessor agora afastado, Fernando Lima, se tenha encontrado com o jornalista Luciano Alvarez.
Fernando Lima era responsável pela assessoria para a Comunicação Social da Presidência da República desde Março de 2006, ocasião em que Cavaco Silva tomou posse como Presidente da República. Fernando Lima tem sido assessor e conselheiro de Cavaco Silva desde que este chegou a primeiro-ministro pela primeira vez, em 1985.
A Agência Lusa tentou contactar Fernando Lima, mas tal não foi possível até ao momento.
O director do Público, José Manuel Fernandes, depois de, numa primeira reacção, ter envolvido a "secreta" portuguesa numa alegada violação da correspondência entre os dois jornalistas, revelou na SIC Notícias não haver "nenhum indício que tenha havido violação externa" das mensagens electrónicas.
No 'site' da Presidência da República o nome de José Carlos Vieira já se encontra como o assessor para a Comunicação Social.
Na sexta-feira passada, o Diário de Notícias denunciou que o caso das alegadas escutas a Belém tinha sido encomendado por Fernando Lima a um jornalista do jornal Público.
Segundo o e-mail divulgado pelo DN, o jornalista Luciano Alvarez ter-se-á encontrado com o assessor da Presidência da República "num café discreto da Av. de Roma" para lhe entregar um dossier sobre Rui Paulo de Figueiredo, adjunto jurídico de José Sócrates, cujo comportamento levantou suspeitas aquando da visita de Cavaco Silva à Madeira em 2008.
A 18 de Agosto de 2009, mais de um ano depois do contacto com o assessor de Cavaco Silva, o Público publicou um artigo em que dava conta das suspeitas de Belém, a propósito de críticas do PS à alegada participação de assessores de Cavaco Silva na elaboração do programa eleitoral do PSD. Na notícia do Público, uma fonte de Belém questionava a forma como os socialistas poderiam saber dessa participação: "Como é que os dirigentes do PS sabem o que fazem, ou não fazem, os assessores do Presidente? Será que estão a ser observados, vigiados? Estamos sob escuta, ou há alguém na Presidência a passar informações? Será que Belém está sob vigilância?
Antes, o líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, já tinha adiantado o nome de Fernando Lima como a fonte da notícia do Público em entrevista à SIC.
Em Agosto, Cavaco Silva recusou-se a comentar o assunto para não desviar as atenções dos "problemas do país". Confrontado com a manchete do DN da última sexta-feira, o Presidente da República voltou a não comentar os desenvolvimentos por não achar conveniente desviar as atenções da campanha eleitoral para as legislativas; deixou, no entanto, um aviso: "Depois das eleições não deixarei de tentar obter mais informações sobre questões de segurança. O Presidente da República deve preocupar-se com questões de segurança."
O Presidente não desmentiu, contudo, que tenham vindo de Belém as denúncias de alegadas escutas nem que o assessor agora afastado, Fernando Lima, se tenha encontrado com o jornalista Luciano Alvarez.
Fernando Lima era responsável pela assessoria para a Comunicação Social da Presidência da República desde Março de 2006, ocasião em que Cavaco Silva tomou posse como Presidente da República. Fernando Lima tem sido assessor e conselheiro de Cavaco Silva desde que este chegou a primeiro-ministro pela primeira vez, em 1985.
A Agência Lusa tentou contactar Fernando Lima, mas tal não foi possível até ao momento.
O director do Público, José Manuel Fernandes, depois de, numa primeira reacção, ter envolvido a "secreta" portuguesa numa alegada violação da correspondência entre os dois jornalistas, revelou na SIC Notícias não haver "nenhum indício que tenha havido violação externa" das mensagens electrónicas.
DN.PT
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