O Embaixador de Portugal na UNESCO, Manuel Maria Carrilho, recusou-se hoje a votar o nome do candidato egípcio a director-geral da organização, contrariando as indicações expressas do Governo português, segundo apurou o Expresso. A votação foi assegurada por um outro diplomata.
O embaixador terá invocado questões de princípio, por considerar que o candidato, Farouk Hosni, ministro da Cultura egípcio há 22 anos, não reúne as condições para o cargo.
Hosni é considerado uma figura polémica, com perfil pouco consentâneo com a defesa de direitos humanos que a organização defende. Contactado pelo Expresso, o ex-deputado e antigo ministro da Cultura do PS recusou-se porém a prestar declarações.
Uma das acusações feitas a Farouk Hosni é de anti-semitismo. No ano passado, declarou que "queimaria os livros em hebreu" que encontrasse nas bibliotecas do país, uma afirmação de que mais tarde se retratou.
Por outro lado, no Egipto vigora a censura, o que é "contraditório com os próprios princípios da UNESCO", segundo os seus adversários ao cargo Farouk Hosni.
O Egipto é um dos países cimeiros da União para o Mediterrâneo, de que faz parte Portugal. Este factor, bem como o apoio de princípio deste país à candidatura portuguesa a um lugar não permanente no Conselho de Segurança da ONU em 2011-2012, terá pesado nas considerações do Estado português. Contactado o Ministério dos NE português, o Expresso não obteve porém uma resposta em tempo útil.
Hosni foi um entre nove candidatos à sucessão do japonês Koichiro Matsuura à frente da organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, que reúne 194 Estados membros.
Hoje, no final da quarta votação consecutiva entre os 58 membros do Conselho Executivo da UNESCO, ficou empatado a 29 votos com a candidata búlgara, Irina Bokova, ex-ministra dos Negócios Estrangeiros do seu país e actual embaixadora da Bulgária em França.
Os restantes candidatos, oriundos da Rússia, Lituânia, Áustria, Equador, Argélia, Benim e Tanzânia, retiraram-se da competição.
Amanhã, terá lugar uma derradeira 5ª votação entre os membros do Conselho, a que Portugal pertence. Se nenhum dos candidatos obtiver 30 votos, proceder-se-á a um sorteio.
Manuel Maria Carrilho é embaixador de nomeação política na UNESCO desde Fevereiro de 2009
O embaixador terá invocado questões de princípio, por considerar que o candidato, Farouk Hosni, ministro da Cultura egípcio há 22 anos, não reúne as condições para o cargo.
Hosni é considerado uma figura polémica, com perfil pouco consentâneo com a defesa de direitos humanos que a organização defende. Contactado pelo Expresso, o ex-deputado e antigo ministro da Cultura do PS recusou-se porém a prestar declarações.
Uma das acusações feitas a Farouk Hosni é de anti-semitismo. No ano passado, declarou que "queimaria os livros em hebreu" que encontrasse nas bibliotecas do país, uma afirmação de que mais tarde se retratou.
Por outro lado, no Egipto vigora a censura, o que é "contraditório com os próprios princípios da UNESCO", segundo os seus adversários ao cargo Farouk Hosni.
O Egipto é um dos países cimeiros da União para o Mediterrâneo, de que faz parte Portugal. Este factor, bem como o apoio de princípio deste país à candidatura portuguesa a um lugar não permanente no Conselho de Segurança da ONU em 2011-2012, terá pesado nas considerações do Estado português. Contactado o Ministério dos NE português, o Expresso não obteve porém uma resposta em tempo útil.
Hosni foi um entre nove candidatos à sucessão do japonês Koichiro Matsuura à frente da organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, que reúne 194 Estados membros.
Hoje, no final da quarta votação consecutiva entre os 58 membros do Conselho Executivo da UNESCO, ficou empatado a 29 votos com a candidata búlgara, Irina Bokova, ex-ministra dos Negócios Estrangeiros do seu país e actual embaixadora da Bulgária em França.
Os restantes candidatos, oriundos da Rússia, Lituânia, Áustria, Equador, Argélia, Benim e Tanzânia, retiraram-se da competição.
Amanhã, terá lugar uma derradeira 5ª votação entre os membros do Conselho, a que Portugal pertence. Se nenhum dos candidatos obtiver 30 votos, proceder-se-á a um sorteio.
Manuel Maria Carrilho é embaixador de nomeação política na UNESCO desde Fevereiro de 2009
EXPRESSO.PT-Por Luísa Meireles
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