Cidade da Praia-O antigo primeiro-ministro e ex-líder do MpD Carlos Veiga lançou hoje oficialmente a candidatura à presidência do maior partido da oposição de Cabo Verde, preparando terreno para as eleições directas de Outubro, com as legislativas de 2011 em fundo.
Num discurso de 45 minutos, pronunciado com quase duas horas de atraso no Salão de Congressos da Assembleia Nacional (AN), na Cidade da Praia, Carlos Veiga adiantou que não está contra ninguém dentro do Movimento para a Democracia (MpD), nem contra o actual líder, Jorge Santos.
"A minha candidatura é positiva e não é contra ninguém dentro do MpD, nem contra a actual liderança. Os meus adversários são o governo e o PAICV (Partido Africano da Independência de Cabo Verde)", afirmou Carlos Veiga, lembrando as eleições directas de 11 de Outubro e a convenção de 30 do mesmo mês.
Na sua longa intervenção, iniciada e terminada com a música de Vangelis que se celebrizou nas campanhas do partido Socialista (PS) em Portugal, Carlos Veiga, presidente do MpD e primeiro-ministro cabo-verdiano entre 1991 e 2001, traçou as linhas gerais de algumas das políticas que quer ver implementadas se o partido vencer as legislativas de 2011.
Baseando a intervenção num "programa de governo", sem qualquer referência a uma eventual recandidatura às Presidenciais de 2011 (foi candidato derrotado contra Pedro Pires em 2001 e 2006), Carlos Veiga apostou no "slogan" "Esta é a Hora" para criticar as políticas do governo de José Maria Neves.
Defensor da "meritocracia" na Administração Pública, Carlos Veiga acusou o governo de má gestão, de ter criado desemprego, de políticas económicas fracassadas, de agravar a especulação e corrupção, de interferir na Justiça, da dificuldade de acesso à saúde e de promover a insegurança no arquipélago.
"O PAICV falhou e a economia atrofiou, deixando as famílias e as empresas à sua sorte. O Estado ficou gordo e ineficiente à custa da extorsão das famílias e das empresas", defendeu.
Nesse sentido, entre outras ideias, prometeu promover a despartidarização "ao mínimo", o mesmo sucedendo ao leque de cargos de confiança política, bem como dar início a uma nova económica em Cabo Verde, através de uma profunda reforma fiscal, de incentivos ao investimento e à criação de emprego, apostar na descentralização e nas energias renováveis e instalar o Tribunal Constitucional e a Provedoria da Justiça.
Ausente no lançamento da campanha esteve Jorge Santos, ao contrário de José Luís Livramento, que também já anunciou a intenção de concorrer à liderança do partido, tendo, porém, adiantado aos jornalistas que, face à candidatura de Carlos Veiga, vai agora "pensar".
Com JSD/Lusa/Fim
Num discurso de 45 minutos, pronunciado com quase duas horas de atraso no Salão de Congressos da Assembleia Nacional (AN), na Cidade da Praia, Carlos Veiga adiantou que não está contra ninguém dentro do Movimento para a Democracia (MpD), nem contra o actual líder, Jorge Santos.
"A minha candidatura é positiva e não é contra ninguém dentro do MpD, nem contra a actual liderança. Os meus adversários são o governo e o PAICV (Partido Africano da Independência de Cabo Verde)", afirmou Carlos Veiga, lembrando as eleições directas de 11 de Outubro e a convenção de 30 do mesmo mês.
Na sua longa intervenção, iniciada e terminada com a música de Vangelis que se celebrizou nas campanhas do partido Socialista (PS) em Portugal, Carlos Veiga, presidente do MpD e primeiro-ministro cabo-verdiano entre 1991 e 2001, traçou as linhas gerais de algumas das políticas que quer ver implementadas se o partido vencer as legislativas de 2011.
Baseando a intervenção num "programa de governo", sem qualquer referência a uma eventual recandidatura às Presidenciais de 2011 (foi candidato derrotado contra Pedro Pires em 2001 e 2006), Carlos Veiga apostou no "slogan" "Esta é a Hora" para criticar as políticas do governo de José Maria Neves.
Defensor da "meritocracia" na Administração Pública, Carlos Veiga acusou o governo de má gestão, de ter criado desemprego, de políticas económicas fracassadas, de agravar a especulação e corrupção, de interferir na Justiça, da dificuldade de acesso à saúde e de promover a insegurança no arquipélago.
"O PAICV falhou e a economia atrofiou, deixando as famílias e as empresas à sua sorte. O Estado ficou gordo e ineficiente à custa da extorsão das famílias e das empresas", defendeu.
Nesse sentido, entre outras ideias, prometeu promover a despartidarização "ao mínimo", o mesmo sucedendo ao leque de cargos de confiança política, bem como dar início a uma nova económica em Cabo Verde, através de uma profunda reforma fiscal, de incentivos ao investimento e à criação de emprego, apostar na descentralização e nas energias renováveis e instalar o Tribunal Constitucional e a Provedoria da Justiça.
Ausente no lançamento da campanha esteve Jorge Santos, ao contrário de José Luís Livramento, que também já anunciou a intenção de concorrer à liderança do partido, tendo, porém, adiantado aos jornalistas que, face à candidatura de Carlos Veiga, vai agora "pensar".
Com JSD/Lusa/Fim
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