Os últimos prognósticos estimam que a população de mais de um bilhão pessoas da África irá dobrar até o ano 2050. Koert Lindijer, correspondente na África há mais de 25 anos, diz que tal aumento populacional seria catastrófico.
Grupos de jovens do interior ficam sentados debaixo de árvores ou varandas. As pequenas áreas de terra que seus pais possuem têm de ser divididas entre a numerosa prole. “Você tem um emprego pra mim? Posso ir com você à cidade” pergunta um rapaz de 21 anos. “Estou disposto a lavar seu banheiro desde que eu possa economizar o suficiente para mandar para meus pais.”
Explosão demográfica
Grupos de jovens do interior ficam sentados debaixo de árvores ou varandas. As pequenas áreas de terra que seus pais possuem têm de ser divididas entre a numerosa prole. “Você tem um emprego pra mim? Posso ir com você à cidade” pergunta um rapaz de 21 anos. “Estou disposto a lavar seu banheiro desde que eu possa economizar o suficiente para mandar para meus pais.”
Explosão demográfica
O Quênia sofre de superpopulação. Não há terra suficiente para alimentar o crescente número de pessoas. A população cresceu de cinco milhões, em 1948, para 38 milhões, um dos maiores índices de crescimento populacional do mundo. Segundo o último censo, 44% da população tem menos de 15 anos. Apenas 4% tem mais de 56 anos. O número de jovens desempregados pode subir para 14 milhões nos próximos dois anos.
A vida quotidiana é difícil. “Não podemos mais viver aqui”, diz um pastor Sambaru enquanto aponta os pastos do norte do Quênia em que todo o verde foi comido. “Há animais e pessoas demais. Não temos espaço suficiente. “A grande quantidade de cabras criadas pelos pastores teve um efeito especialmente destrutivo no meio ambiente. As crises de fome têm sido cada vez mais comuns. Jovens não conseguem mais sobreviver do pastoreio e procuram em vão por emprego.
Pesadelo urbano
A vida quotidiana é difícil. “Não podemos mais viver aqui”, diz um pastor Sambaru enquanto aponta os pastos do norte do Quênia em que todo o verde foi comido. “Há animais e pessoas demais. Não temos espaço suficiente. “A grande quantidade de cabras criadas pelos pastores teve um efeito especialmente destrutivo no meio ambiente. As crises de fome têm sido cada vez mais comuns. Jovens não conseguem mais sobreviver do pastoreio e procuram em vão por emprego.
Pesadelo urbano
As cidades africanas têm se tornado pesadelos. Lagos, conhecida por sua desordem e brutalidade não é mais considerada uma exceção. Os africanos se movem em massa a Lagos e outras cidades. A expectativa é a de que a população urbana mais que dobre entre 2000 e 2030, de 294 milhões para 742 milhões. Há dois anos, a Fundação das Nações Unidas para População produziu um alarmante relatório sobre urbanização na África que dizia: “A cada 250 habitações há, em média, três banheiros e um chuveiro.”
O relatório da ONU calcula que 72% da população urbana da África more em barracos. A infra-estrutura das cidades, em estado deplorável, só vai piorar. Moradores de favelas têm pouca chance de melhorar suas vidas. Falta de água e eletricidade vão se tornar mais freqüentes.
Uma das cidades que mais mudaram é a capital etíope Addis Abeba. Embora tenha vivenciado crescimento econômico espetacular, a cidade também tem sofrido com a miséria. Pedintes mutilados e lama são vistas em meio a edifícios modernos e restaurantes com nomes como New York, Amsterdam, Boston e Café Paris.
A semelhança de Addis Abeba com as demais cidades africanas é que a maioria das casas tem apenas um andar. Setenta por cento das casas são feitas de madeira e barro, aço torto ou plástico. Muitas dessas casas foram construídas ilegalmente. A cidade, que tem 3,5 milhões de habitantes, cresce em um ritmo de sete por cento ao ano e precisa urgentemente de mais casas.A capital queniana, Nairóbi, aumentou drasticamente de dois milhões de moradores, há quinze anos, para seis milhões. Pessoas chegam e animais vão embora. A cidade aumentou tanto que um caminho que antigamente se levaria meio dia para chegar na reserva natural hoje você pega um ônibus e chega lá em meia hora.
Vilas, barracos, supermercados e quiosques de comida estão sendo montados por todos os lados. O preço dos terrenos triplicou. Todos ficam em congestionamentos de manhã. Bicicletas e moto-táxis quebram o silêncio. Em breve será impossível entrar sem máscaras de gás por causa da poluição, que é o caso da cidade Bamako, no Máli.
Africanos adoram crianças, que eles consideram um seguro para a velhice. Mas parece haver pouca esperança no futuro quando o crescimento populacional é maior que o econômico. Os pobres são o grupo que mais cresce na África. Maora, residente em Nairóbi resume: “Há apenas duas tribos na África: os ricos e os pobres.”
O relatório da ONU calcula que 72% da população urbana da África more em barracos. A infra-estrutura das cidades, em estado deplorável, só vai piorar. Moradores de favelas têm pouca chance de melhorar suas vidas. Falta de água e eletricidade vão se tornar mais freqüentes.
Uma das cidades que mais mudaram é a capital etíope Addis Abeba. Embora tenha vivenciado crescimento econômico espetacular, a cidade também tem sofrido com a miséria. Pedintes mutilados e lama são vistas em meio a edifícios modernos e restaurantes com nomes como New York, Amsterdam, Boston e Café Paris.
A semelhança de Addis Abeba com as demais cidades africanas é que a maioria das casas tem apenas um andar. Setenta por cento das casas são feitas de madeira e barro, aço torto ou plástico. Muitas dessas casas foram construídas ilegalmente. A cidade, que tem 3,5 milhões de habitantes, cresce em um ritmo de sete por cento ao ano e precisa urgentemente de mais casas.A capital queniana, Nairóbi, aumentou drasticamente de dois milhões de moradores, há quinze anos, para seis milhões. Pessoas chegam e animais vão embora. A cidade aumentou tanto que um caminho que antigamente se levaria meio dia para chegar na reserva natural hoje você pega um ônibus e chega lá em meia hora.
Vilas, barracos, supermercados e quiosques de comida estão sendo montados por todos os lados. O preço dos terrenos triplicou. Todos ficam em congestionamentos de manhã. Bicicletas e moto-táxis quebram o silêncio. Em breve será impossível entrar sem máscaras de gás por causa da poluição, que é o caso da cidade Bamako, no Máli.
Africanos adoram crianças, que eles consideram um seguro para a velhice. Mas parece haver pouca esperança no futuro quando o crescimento populacional é maior que o econômico. Os pobres são o grupo que mais cresce na África. Maora, residente em Nairóbi resume: “Há apenas duas tribos na África: os ricos e os pobres.”
RNW-Por Koert Lindijer
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