LUANDA-A Escola Portuguesa de Luanda (EPL) não consegue dar resposta à crescente procura, nomeadamente de portugueses que chegam a Angola para trabalhar e pretendem matricular os filhos, disse hoje à Lusa a directora daquela instituição.
Maria Preciosa, admitiu que a capacidade de resposta aos crescentes pedidos de matrículas é "cada vez mais diminuta".
A EPL foi projectada para 800 alunos, mas actualmente já tem o dobro, 1600, e recebeu este ano 900 pedidos, uma parte significativa por parte de casais portugueses a trabalhar em Angola.
Maria Preciosa confirmou que "há imensos pedidos" e que este ano houve "um volume maior" de solicitações.
"É uma situação que é recorrente e que nos últimos anos tem aumentado, mas não há capacidade para a entrada de mais alunos", explicou a directora.
O projecto de construção da EPL previa a sua execução em três fases, tendo apenas a primeira sido concluída.
Maria Preciosa aconselha os cidadãos portugueses que pretendam viajar para Angola a seguirem as normas em prática em Portugal e também em Angola: "A confirmação antecipada da existência de vagas ou não na instituição, para posterior pedido de ingresso".
"Essa norma, muitas vezes, não é observada e quando chegam deparam-se com este problema insolúvel", disse a directora.
A responsável pela EPL salienta que o número máximo de vagas, quase todas devido a pessoas que terminam os seus contratos de trabalho no país, atinge apenas uma média anual de 50, o que considera "uma gota no oceano".
O aumento do número de alunos nas turmas não é uma solução porque, segundo a directora da escola portuguesa, "poria em causa a qualidade de ensino que a escola pretende manter".
Em Março de 2008 este problema já existia e a então directora da escola, Esmeralda Gonçalves, confirmava à Lusa que já havia garantias para o arranque das obras da segunda fase da EPL.
A garantia era, na altura, explicada pela responsável por ter sido desbloqueado o processo de Contrato de Gestão Definitivo do estabelecimento pela cooperativa de utilidade pública que gere a escola.
A passagem do contrato de gestão para definitivo é fundamental para que o alargamento da EPL possa beneficiar de crédito bancário.
A primeira fase, a que existe actualmente, foi integralmente financiada pelo Estado português, num montante inicialmente previsto de cerca de oito milhões de euros, mas que sofreu derrapagens ao longo do processo de construção.
O desbloqueamento do processo de construção da segunda fase foi anunciado em Luanda pelo ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) português, Luís Amado, em visita oficial que realizou no final de Fevereiro de 2008 a Angola.
Também o ministro da Cultura, António Pinto Ribeiro, em Junho último, afirmou em declarações à Lusa que a questão estava a ser analisada por parte das autoridades portuguesas, não tendo avançado contudo uma data.
António Pinto Ribeiro reconheceu a necessidade de alargamento da escola, frisando que o Estado português "está capacitado para isso", num investimento que está na ordem dos nove milhões de euros.
Maria Preciosa, admitiu que a capacidade de resposta aos crescentes pedidos de matrículas é "cada vez mais diminuta".
A EPL foi projectada para 800 alunos, mas actualmente já tem o dobro, 1600, e recebeu este ano 900 pedidos, uma parte significativa por parte de casais portugueses a trabalhar em Angola.
Maria Preciosa confirmou que "há imensos pedidos" e que este ano houve "um volume maior" de solicitações.
"É uma situação que é recorrente e que nos últimos anos tem aumentado, mas não há capacidade para a entrada de mais alunos", explicou a directora.
O projecto de construção da EPL previa a sua execução em três fases, tendo apenas a primeira sido concluída.
Maria Preciosa aconselha os cidadãos portugueses que pretendam viajar para Angola a seguirem as normas em prática em Portugal e também em Angola: "A confirmação antecipada da existência de vagas ou não na instituição, para posterior pedido de ingresso".
"Essa norma, muitas vezes, não é observada e quando chegam deparam-se com este problema insolúvel", disse a directora.
A responsável pela EPL salienta que o número máximo de vagas, quase todas devido a pessoas que terminam os seus contratos de trabalho no país, atinge apenas uma média anual de 50, o que considera "uma gota no oceano".
O aumento do número de alunos nas turmas não é uma solução porque, segundo a directora da escola portuguesa, "poria em causa a qualidade de ensino que a escola pretende manter".
Em Março de 2008 este problema já existia e a então directora da escola, Esmeralda Gonçalves, confirmava à Lusa que já havia garantias para o arranque das obras da segunda fase da EPL.
A garantia era, na altura, explicada pela responsável por ter sido desbloqueado o processo de Contrato de Gestão Definitivo do estabelecimento pela cooperativa de utilidade pública que gere a escola.
A passagem do contrato de gestão para definitivo é fundamental para que o alargamento da EPL possa beneficiar de crédito bancário.
A primeira fase, a que existe actualmente, foi integralmente financiada pelo Estado português, num montante inicialmente previsto de cerca de oito milhões de euros, mas que sofreu derrapagens ao longo do processo de construção.
O desbloqueamento do processo de construção da segunda fase foi anunciado em Luanda pelo ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) português, Luís Amado, em visita oficial que realizou no final de Fevereiro de 2008 a Angola.
Também o ministro da Cultura, António Pinto Ribeiro, em Junho último, afirmou em declarações à Lusa que a questão estava a ser analisada por parte das autoridades portuguesas, não tendo avançado contudo uma data.
António Pinto Ribeiro reconheceu a necessidade de alargamento da escola, frisando que o Estado português "está capacitado para isso", num investimento que está na ordem dos nove milhões de euros.
OJE/LUSA
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