NOVA IORQUE-O dirigente líbio Muammar Kadhafi criticou ontem severamente o Conselho de Segurança da ONU no primeiro discurso, em 40 anos de poder, perante a Assembleia-Geral da organização.Depois de fazer esperar o auditório durante mais de cinco minutos antes de subir à tribuna, Kadhafi criticou sobretudo o controlo exercido sobre o Conselho de Segurança pelos cinco membros permanentes (China, EUA, França, Reino Unido e Rússia) e o direito de veto."O veto é contrário à Carta da ONU, a existência de membros permanentes é contrária à Carta", declarou, agitando o pequeno livro azul com o texto fundador das Nações Unidas.
Apelando à reforma do Conselho de Segurança, nomeadamente alargando-o para o tornar mais representativo, Kadhafi considerou que este "deveria ser designado "conselho do terror"".
O líder líbio condenou igualmente as grandes potências, acusando-as de terem provocado numerosos conflitos desde 1945, quando a organização foi criada, no prosseguimento dos seus interesses.
Segundo Kadhafi "65 guerras aconteceram sem qualquer acção colectiva das Nações Unidas para as evitar".
Introduzido como "rei dos reis" pelo seu compatriota e presidente da Assembleia-Geral, Ali Treki, o dirigente líbio, que falou em árabe, disse ainda que a utilização do poder militar é contrária ao espírito da ONU.
OJE/LUSA
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