quinta-feira, 17 de setembro de 2009

ANGOLA:Sonangol quer entrar no capital da EDP


A oil estatal angolana Sonangol está interessada em comprar uma participação accionista na EDP-Energias de Portugal, com quem está a analisar possíveis parcerias em Portugal e Angola, disse Manuel Vicente, Chief Executive Officer (CEO) da Sonangol.
Adiantou que, "neste momento", não há movimentações para a angolana entrar no capital da eléctrica nacional, mas lembrou que a Sonangol e a EDP têm planos de "investir em oportunidades no sector de energia, quer em Angola, quer em Portugal".
"É o produto de mais interesse", disse o CEO, quando questionado se a Sonangol estaria interessada em entrar no capital da EDP.
"O mais importante é entrar (na EDP) e participar, se é (uma participação) qualificada ou não...", adiantou aos jornalistas, à margem da apresentação do banco BPA Europa, que tem como accionista de referência a Sonangol.
A Sonangol tem 45% da Amorim Energia, que controla 33% da Galp Energia.
"O que posso dizer, pelos indicadores de Bolsa, é que o investimento (na Galp) está muito bom. Se olharmos para a crise que estamos a atravessar, a Galp está muito bem e estamos satisfeitos", disse Manuel Vicente.
O CEO afirmou que o objectivo da Sonangol é trabalhar em conjunto com os accionistas da Galp para fazer crescer a empresa.
"Não é pela via das aquisições (de mais acções), mas pela via do crescimento da companhia. Capital se for necessário para engrandecer a companhia", acrescentou.
A empresa angolana é também o maior accionista individual do maior banco privado de Portugal, Millennium bcp, estando confortável com a actual participação de cerca de 10%.
"Em termos de BCP creio que estamos muito bem. Para o nível de exposição da Sonangol (no BCP) estamos muito bem", disse. Carlos da Silva, CEO do BPA, referiu que o seu banco está "a olhar muito atentamente" para o sector de energia em Portugal, adiantando: "eventualmente poderemos vir a tomar uma participação em alguma companhia neste sector".
Explicou que, para a diversificação da estrutura do PIB de Angola, "há um sector que é crítico: o das energias".
"Estamos a estudar de forma muito atenta, muito cuidada, muito prudente. Temos uma equipa de três pessoas no banco que só se dedicam a este tema. Sinal mais forte do que este não há", afirmou.
"Compromete-nos a fomentar parcerias vencedoras entre empresas angolanas e portuguesas, para investir em Angola e Portugal", disse Carlos da Silva.
OJE/REUTERS

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