BRASILIA-O presidente da Assembleia Nacional de Cabo Verde, , em visita oficial ao Brasil, defendeu a reforma das instituições de Bretton Woods e a retoma do fluxo financeiro para minimizar o impacto da crise internacional nos países em desenvolvimento.
"Num cenário de crise, os países em desenvolvimento vão precisar de mais fluxo financeiro para não sofrerem tanto.
Aqueles que praticam uma boa governação não podem ser penalizados. É importante reformar as instituições de Bretton Woods e agilizar o sistema de crédito ao desenvolvimento", afirmou Aristides Lima à Lusa.
"Ao mesmo tempo, é preciso que os países desenvolvidos acreditem naqueles que procuram fazer bem o seu trabalho de casa e facilitem os investimentos externos. Quanto mais investimentos externos houver, menor a necessidade de recursos a crédito", acrescentou.
A crise internacional é um dos focos das conversas de Aristides Lima com as autoridades brasileiras, numa visita que começou no dia 14 e se estende até à próxima terça-feira, englobando Ceará, Brasília e São Paulo.
Segundo o presidente do Parlamento cabo-verdiano, o arquipélago não conseguirá atingir a meta de crescer 10 por cento este ano por causa da crise, devendo registar no final de 2009 um crescimento da economia à volta de cinco por cento.
Aristides Lima admitiu também que a intenção do Governo de diminuir a taxa de desemprego dos actuais 17 por cento para 10 por cento não será cumprida, mas ressaltou que este índice já caiu 10 pontos percentuais nos últimos quatro anos.
"A crise internacional está a ter um impacto muito negativo em África. São os países mais pobres que mais sofrem com a crise", reconheceu.
Aristides Lima considerou, no entanto, que não obstante todos os problemas do continente, África hoje tem mais esperança.
"África ainda enfrenta desafios muito grandes quanto à afirmação do Estado de Direito, combate à pobreza, SIDA, malária, problemas ambientais, educacionais. Mas África está mais estruturada para tratar esses desafios com o reforço da organização continental da União Africana e também das instituições sub-regionais", destacou.
Aristides Lima manifestou "orgulho e responsabilidade" por Cabo Verde integrar actualmente um grupo restrito de países africanos que está a discutir com a administração norte-americana o futuro das relações entre Washington e o continente.
Atribuiu à boa governação o facto de o seu país ter sido considerado recentemente pela secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, como um exemplo a ser seguido em África e acredita que as relações da UA com os EUA poderá ter mudanças muito positivas com a administração do Presidente Barack Obama.
No próximo dia 22, o primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, estará no pequeno grupo de líderes africanos que se reunirão com Obama, em Nova Iorque.
Sapo.cv/Lusa
"Num cenário de crise, os países em desenvolvimento vão precisar de mais fluxo financeiro para não sofrerem tanto.
Aqueles que praticam uma boa governação não podem ser penalizados. É importante reformar as instituições de Bretton Woods e agilizar o sistema de crédito ao desenvolvimento", afirmou Aristides Lima à Lusa.
"Ao mesmo tempo, é preciso que os países desenvolvidos acreditem naqueles que procuram fazer bem o seu trabalho de casa e facilitem os investimentos externos. Quanto mais investimentos externos houver, menor a necessidade de recursos a crédito", acrescentou.
A crise internacional é um dos focos das conversas de Aristides Lima com as autoridades brasileiras, numa visita que começou no dia 14 e se estende até à próxima terça-feira, englobando Ceará, Brasília e São Paulo.
Segundo o presidente do Parlamento cabo-verdiano, o arquipélago não conseguirá atingir a meta de crescer 10 por cento este ano por causa da crise, devendo registar no final de 2009 um crescimento da economia à volta de cinco por cento.
Aristides Lima admitiu também que a intenção do Governo de diminuir a taxa de desemprego dos actuais 17 por cento para 10 por cento não será cumprida, mas ressaltou que este índice já caiu 10 pontos percentuais nos últimos quatro anos.
"A crise internacional está a ter um impacto muito negativo em África. São os países mais pobres que mais sofrem com a crise", reconheceu.
Aristides Lima considerou, no entanto, que não obstante todos os problemas do continente, África hoje tem mais esperança.
"África ainda enfrenta desafios muito grandes quanto à afirmação do Estado de Direito, combate à pobreza, SIDA, malária, problemas ambientais, educacionais. Mas África está mais estruturada para tratar esses desafios com o reforço da organização continental da União Africana e também das instituições sub-regionais", destacou.
Aristides Lima manifestou "orgulho e responsabilidade" por Cabo Verde integrar actualmente um grupo restrito de países africanos que está a discutir com a administração norte-americana o futuro das relações entre Washington e o continente.
Atribuiu à boa governação o facto de o seu país ter sido considerado recentemente pela secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, como um exemplo a ser seguido em África e acredita que as relações da UA com os EUA poderá ter mudanças muito positivas com a administração do Presidente Barack Obama.
No próximo dia 22, o primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, estará no pequeno grupo de líderes africanos que se reunirão com Obama, em Nova Iorque.
Sapo.cv/Lusa
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