quinta-feira, 24 de setembro de 2009

CV:"Somos a nova África"-José Maria Neves

O primeiro-ministro de Cabo Verde quer pôr o país na cena internacional, "onde poderá ser útil" na interligação entre três continentes -- Europa, África e América -, mostrando-se "orgulhoso" pelo convite para se reunir, terça-feira, com o Presidente norte-americano.
Numa entrevista à Agência Lusa, José Maria Neves salientou que a boa governação de Cabo Verde, "país que representa a nova África", tem sido um "exemplo para o continente africano", repetindo palavras da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, em Agosto, durante a visita ao arquipélago.
"A boa governação do país tem permitido grandes ganhos na macroeconomia, mas também nos investimentos sociais, educação, saúde, crianças, mulheres, combate à pobreza, na melhoria da qualidade de vida das pessoas", justificou José Maria Neves, ao explicar as razões do convite pessoal de Barack Obama.
José Maria Neves juntar-se-á a outros nove líderes africanos para discutir terça feira, em Nova Iorque, com Obama o futuro das relações entre os Estados Unidos e África.
Para o primeiro-ministro cabo-verdiano, que não esconde o orgulho do inédito convite, Cabo Verde tem sido um país "estável, útil à comunidade internacional e tem contribuído fortemente para o diálogo e resolução negociada dos conflitos", servindo de "referência" para outros países africanos.
"África é possível", com democracia, liberdade e a defesa dos direitos e garantias dos cidadãos, sustentou.
"Apesar da sua pequenez, Cabo Verde tem uma localização geoestratégica importantíssima no cruzamento do Atlântico Norte e Sul, um país ponte entre os vários continentes", afirmou o chefe do Governo cabo-verdiano.
"A minha presença neste encontro com o Presidente Obama representa essa revalorização geoestratégica, mas também a projecção desta nova imagem de Cabo Verde", vincou.
No seu entender, Cabo Verde está a transmitir aos africanos e ao mundo a imagem de um país "com ambição", que "quer competir, inovar, crescer" e também que "faz o seu trabalho de casa", para encontrar no plano internacional as parcerias necessárias para o desenvolvimento.
"Sempre disse que Cabo Verde representa a nova África, a África positiva, optimista, essa África que quer mostrar que o desenvolvimento é possível. Aliás, o discurso de Hillary Clinton é o reconhecimento deste percurso que temos feito, deste novo Cabo Verde, desta nova África", justificou.
"África é possível, África tem futuro e há experiências muito positivas continente africano. Há bons governos, há boas governações, há desenvolvimento, há criação de oportunidades, há gestão negociada de conflitos, há uma perspectiva boa para o futuro. E acho que é isso que representa a presença de Cabo Verde neste encontro com o Presidente Obama", resumiu.
DN/LUSA.PT

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