Cerca de 75 milhões de crianças em todo o mundo continuam sem acesso ao ensino. Em Portugal, nove em cada cem portugueses continuam sem saber ler nem escrever, na maioria idosos e a viverem no Interior. Ainda assim, previsões da UNESCO apontam para uma descida progressiva até 2015.Os níveis de alfabetização em Portugal estão ainda “muito longe do ideal”, declarou Rui Seguro, Presidente da Associação O Direito De Aprender. A última actualização destes dados do Instituto Nacional de Estatística revela que, em Fevereiro deste ano, o analfabetismo em Portugal se fixa acima dos nove por cento. “Nos países nórdicos é um escândalo quando se encontra uma pessoa analfabeta. Já em Portugal menospreza-se essa realidade. Estamos a falar de quase um milhão de pessoas", afirmou o presidente da associação. Rui Seguro lembra ainda que “um dado que surpreende muitas pessoas, algumas com responsabilidades na educação, é que ainda haja, nos dias de hoje, uma taxa tão elevada de analfabetismo em Portugal. Segundo o Censos 2001, nove em cada 100 portugueses, com 10 anos ou mais, não sabe ler nem escrever”. Na União Europeia há ainda algumas metas a atingir. Algumas delas, como a alfabetização, a redução do abandono escolar e a melhoria nas áreas da matemática, ciências e tecnologia são uma aposta assumida pela Comissão Europeia, em comunicado. Um dos objectivos é diminuir para (“no mínimo”) 20 por cento o fraco índice de leitura nos jovens com 15 anos, estando a média europeia actualmente fixada nos 24,1 por cento – em Portugal a fraca literacia atinge os 24,9 por cento.No Dia Mundial da Literacia, a Campanha Global pela Educação em Portugal sublinha “o impacto da educação e da alfabetização no aumento dos rendimentos das famílias, na melhoria das condições de higiene e de saúde”. Um estudo da OCDE mostra que, ao todo, cerca de 75 milhões de crianças em todo o mundo continuam sem acesso ao ensino. O relatório, intitulado “From closed books to open doors – West Africa’s literacy challenge”, 40 milhões dos analfabetos são mulheres. Em países como a Guiné-Bissau ou o Mali, não chega a 20 por cento o número de mulheres que sabe ler e escrever.
PUBLICO.PT/LUSA.PT
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