PARIS –Depois de 10 anos de infatigáveis acções comerciais malsucedidas Paris conseguiu finalmente vender ao Brasil 36 aviões de combate Rafale, uma operação que poderá atingir cinco mil milhões de euros.
«É uma boa notícia, um bom arranque para a exportação» disse Serge Dassault, patrão da Dassault Aviation que fabrica o Rafale, suspirando de alívio após o Presidente brasileiro, Lula da Silva, ter confirmado a promessa de compra de 36 Rafale. Durante dez anos o Rafale foi alvo de todas as críticas. Demasiado caro, entre 50 e 100 milhões de euros a unidade, pesado tecnologicamente, eficácia operacional duvidosa, provocando consequentemente a retracção dos Estados Unidos, Holanda, Coreia do Sul, Singapura, Argélia, Emirados Árabes Unidos e Marrocos que rejeitaram as propostas francesas. Apenas a Líbia permanece indecisa e aquisição de 14 aparelhos não sai do estado de «promessa». A Dassault Aviation teve de rever e corrigir a tecnologia do Rafale dado que este registava más «performances» na descolagem em terrenos com climas de temperaturas elevadas, conseguiu também aumentar a polivalência operacional no combate aéreo e ar/terra e desenvolveu as capacidades de invisibilidade nos radares, aumentando significativamente o seu custo de fabrico oferecendo mais argumentos aos seus poderosos concorrentes, o F/A 18 Super Hornet da Boeing e o Gripen da Saab.O futuro comercial do Rafale estava comprometido. O Brasil deu o primeiro passo para salvar a situação. Dassault Aviation agora com novo folgo pretende concluir a venda até 2010 e iniciar a entrega dos Rafale em 2013 até 2019. Em Brasília durante as celebrações do Dia Nacional, o Presidente francês, Nicolas Sarakozy, também respirou de alivio porque este contrato representa também a criação de 6.000 postos de trabalho em França numa altura em que o desemprego ganha terreno. No entanto apenas seis Rafale vão ser construídos em França, na fábrica da Dassault em Mérignac, os restantes serão montados no Brasil, estabeleceu o acordo preliminar. Uma condição que exige também a transferência da tecnologia militar francesa para o Brasil, desejada pelo Palácio do Planalto, mas que também credibiliza os rumores que apontam que as forças armadas brasileira podem vir a ser equipadas com 120 aviões de combate Rafale.Em contrapartida à aquisição dos 36 Rafale, Paris avançou que pretende comprar ao Brasil cerca de uma dezena de aviões de transporte militar KC-390 da Embraer por cerca 500 milhões de euros, um montante simbólico para o Eliseu que já vê o Rafale descolar com novas asas.
JORNALDIGITAL-Por Rui Neumann
«É uma boa notícia, um bom arranque para a exportação» disse Serge Dassault, patrão da Dassault Aviation que fabrica o Rafale, suspirando de alívio após o Presidente brasileiro, Lula da Silva, ter confirmado a promessa de compra de 36 Rafale. Durante dez anos o Rafale foi alvo de todas as críticas. Demasiado caro, entre 50 e 100 milhões de euros a unidade, pesado tecnologicamente, eficácia operacional duvidosa, provocando consequentemente a retracção dos Estados Unidos, Holanda, Coreia do Sul, Singapura, Argélia, Emirados Árabes Unidos e Marrocos que rejeitaram as propostas francesas. Apenas a Líbia permanece indecisa e aquisição de 14 aparelhos não sai do estado de «promessa». A Dassault Aviation teve de rever e corrigir a tecnologia do Rafale dado que este registava más «performances» na descolagem em terrenos com climas de temperaturas elevadas, conseguiu também aumentar a polivalência operacional no combate aéreo e ar/terra e desenvolveu as capacidades de invisibilidade nos radares, aumentando significativamente o seu custo de fabrico oferecendo mais argumentos aos seus poderosos concorrentes, o F/A 18 Super Hornet da Boeing e o Gripen da Saab.O futuro comercial do Rafale estava comprometido. O Brasil deu o primeiro passo para salvar a situação. Dassault Aviation agora com novo folgo pretende concluir a venda até 2010 e iniciar a entrega dos Rafale em 2013 até 2019. Em Brasília durante as celebrações do Dia Nacional, o Presidente francês, Nicolas Sarakozy, também respirou de alivio porque este contrato representa também a criação de 6.000 postos de trabalho em França numa altura em que o desemprego ganha terreno. No entanto apenas seis Rafale vão ser construídos em França, na fábrica da Dassault em Mérignac, os restantes serão montados no Brasil, estabeleceu o acordo preliminar. Uma condição que exige também a transferência da tecnologia militar francesa para o Brasil, desejada pelo Palácio do Planalto, mas que também credibiliza os rumores que apontam que as forças armadas brasileira podem vir a ser equipadas com 120 aviões de combate Rafale.Em contrapartida à aquisição dos 36 Rafale, Paris avançou que pretende comprar ao Brasil cerca de uma dezena de aviões de transporte militar KC-390 da Embraer por cerca 500 milhões de euros, um montante simbólico para o Eliseu que já vê o Rafale descolar com novas asas.
JORNALDIGITAL-Por Rui Neumann
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