PARIS-O afastamento definitivo do italiano Flávio Briatore da Fórmula 1 parece ter escancarado as portas da Renault para Alain Prost, cujo nome há muito vinha sendo murmurado como o homem certo para a equipa francesa.Em declarações a vários órgãos de comunicação social, o antigo piloto francês admite a intenção de chefiar a equipa, se a «estratégia for clara» e os «investimentos altos». Prost nunca se coibiu de emitir a opinião pouco abonatória que tinha em relação a Briatore, que considerou um «coveiro» do automobilismo e dos pilotos franceses. «Era impossível continuar com um personagem que não corresponde à imagem de uma grande equipa de França», exclamou sem pudor. No fim da década de 90, Alain Prost assumiu a Ligier e rebaptizou a equipa com seu sobrenome; na altura, o tetracampeão mundial contou inclusive com uma parceria, da Peugeot, mas os resultados não apareceram e a falência surgiu no final de 2001. «Em toda a minha carreira trabalhei com integridade e a F1 necessita desesperadamente de recuperar alguma moral», avaliou AlainProst, antes de condenar o acidente de Singapura: «É incrível pensar no que se passou e no poderia ter acontecido em consequência disso.»Outra das questões levantadas pelo francês tem a ver com a incompatibilidade que deveria existir quando um director de equipa é, simultaneamente, agente dos pilotos, o que acontecia com Briatore.Prost mostra disponibilidade para a Renault, mas não é o único a sonhar com tal cargo. Outros potenciais candidatos: Frédéric Vasseur, chefe da ART (GP2 e F3), o britânico Craig Pollock, ex-director de Jacques Villeneuve, no título mundial com a Renault em 1997, e David Richards, proprietário da Prodrive e antigo patrão da BAR Honda.
ABOLA.PT-Por Edite Dias
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentar com elegância e com respeito para o próximo.