PITTSBURGH-O centro da cidade de Pittsburgh está hoje em alerta máximo, com escolas e lojas encerradas e patrulhas da polícia a cavalo, devido às manifestações convocadas para protestar contra a cimeira do G20.
"O nosso objectivo não é sermos violentos, mas o G20 é uma instituição violenta e anti-democrática, que toma decisões à porta fechada", afirmou Noah Williams, porta-voz da organização de inspiração anarquista Pittsburgh G20 Resistance Project.
Esta organização convocou uma manifestação não-autorizada para hoje, na qual espera reunir cerca de mil pessoas, que desfilará até ao Centro de Conferências onde vai decorrer a reunião dos líderes dos países mais ricos do mundo e das economias emergentes.
Dezenas de organizações ecologistas, pacifistas e altermundialistas lutaram durante meses junto das autoridades municipais ou da justiça para obterem autorizações de manifestação, mas o G20 Resistance Project preferiu organizar o protesto sem autorização.
"Não precisamos de pedir autorização das pessoas no poder para nos manifestar.
Não vamos mendigar junto daqueles que têm o poder. Nos fabricamos o nosso próprio poder", argumentou o porta-voz.
Quarta-feira, véspera da cimeira, a política deteve 14 militantes da organização ecologista Greenpeace que colocou enormes faixas em várias pontes apelando para medidas contra as alterações climáticas. Os detidos foram formalmente acusados de perturbação da ordem pública, conspiração, obstrução e posse de objectos com vista a cometer um delito.
O presidente da Câmara de Pittsburgh, Luke Ravenstahl, pediu um reforço policial de 4.000 agentes. Criado em 1999, o G20 integra os sete países mais industrializados do mundo (Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Itália, Japão, Alemanha), as economias emergentes (Argentina, Austrália, Brasil, China, Índia, Indonésia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Turquia) e a União Europeia.
O G20 representa 85 por cento da economia mundial e cerca de dois terços da população.
LUSA/SIC.PT
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