BISSAU-Os novos inspectores e agentes da Polícia Judiciária da Guiné-Bissau, que terminaram a formação em Julho, continuam à espera de tomar posse e entrar nos quadros da polícia, segundo a directora-geral da PJ, Lucinda Barbosa."Esta demora é um constrangimento para nós, mas estou esperançada que o Governo nos vai apoiar", afirmou Lucinda Barbosa no final da cerimónia da abertura do segundo curso de agentes de investigação criminal do país, financiado por Portugal."É verdade que se recrutamos é porque estamos a precisar de reforçar a Polícia Judiciária ao máximo", sublinha a directora da PJ guineense. "Um inspector e um agente já formados não podem exercer enquanto não forem nomeados e não tiverem sido empossados e aí é que reside o obstáculo de iniciarem o exercício de funções", esclarece.O Ministro da Justiça guineense, Mamadu Djalo Pires, justifica o atraso na tomada de posse dos novos inspectores e agentes da Polícia Judiciária com falhas no processo, que estão a ser ultrapassadas. "O que está a atrasar é que remeteram dossiers incompletos ao Ministério da Justiça", disse o ministro no final da cerimónia. "Foi necessário que todas as pessoas a serem nomeadas juntassem as documentações exigidas pelo estatuto do pessoal da administração pública para nomeação para cargos públicos", explicou. "O Ministério da justiça está a aguardar que esses dossiers sejam remetidos outra vez para formular a proposta de nomeação ao primeiro-ministro", esclareceu o ministro da Justiça guineense.
A Polícia Judiciária da Guiné-Bissau, em conjunto com o Instituto Superior de Ciências Criminais de Portugal, iniciou hoje o segundo curso de agentes de investigação criminal no âmbito do plano de combate ao narcotráfico. Durante os próximos meses 50 pessoas vão receber formação para se tornarem agentes da PJ guineense, depois de realizado um primeiro curso entre Novembro de 2008 e Julho, que formou 56 novos inspectores e agentes.A formação de novos inspectores e agentes da PJ guineense faz parte da reforma e redimensionamento da força policial e consta no programa de combate ao narcotráfico do Governo. O programa foi apresentado à comunidade internacional durante uma conferência sobre tráfico de droga, organizada por Portugal e realizada em Lisboa, em Dezembro de 2007. Na altura Portugal assumiu o compromisso de contribuir com um milhão de dólares anuais, até 2010, para ajudar a Guiné-Bissau a combater o tráfico de droga. As autoridades portuguesas colocaram também em Bissau um agente da PJ portuguesa para dar assessoria e organizar os cursos e reciclagem de agentes.
OJE/LUSA
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