ODERZO-A brasileira Simone Moreira, de 23 anos, foi presa no sábado (5) na cidade de Oderzo, perto de Treviso, no norte da Itália, acusada de ter matado a filha, Giuliana, de dois anos de idade.
Giuliana morreu na quinta-feira, supostamente após ter caído em um rio, no que parecia inicialmente ter sido uma tragédia causada pela distração da mãe, conforme declarou o procurador da república de Treviso Antonio Fojadelli aos jornais italianos.
Mas, depois, de acordo com o procurador, teria ficado evidente que houve crime.
"Decidimos prender Simone Moreira porque houve contradição em seu depoimento com relação ao tempo e à dinâmica do ocorrido", declarou o Fojadelli ao jornal "Corriere della Sera".
De acordo com a primeira reconstrução dos fatos, baseada nas declarações de Simone à polícia, ela teria se distraído e a menina teria passado pelas grades que costeiam o rio, caindo na água.
Guarda compartilhada
Simone tinha ido buscar Giuliana na casa do ex-marido, Michele Favaro, pai da menina. O tribunal de Veneza havia estabelecido a guarda compartilhada de Giuliana, que morava com o pai, gerente do restaurante "O sabor do Brasil" na cidadezinha de Vigonovo di Salgareda, em Treviso.
Conforme o relato da brasileira, no caminho, ela decidiu parar para tomar um sorvete com a filha. Ao ir apanhar os sapatos da menina no carro, teria se distraído um instante e quando voltou não encontrou mais a menina.
Os bombeiros encontraram Giuliana no rio, ainda viva. Levada ao hospital, a menina morreu depois de 24 horas devido à hipotermia que teria sido provocada pela permanência na água por cerca de uma hora.
Contradições
Fojadelli afirmou que dificilmente Giuliana teria caído no rio sozinha devido às barreiras que costeiam o rio.
"A menina não poderia ter passado pelo espaço de 13 centímetros que separa uma grade da outra. É impossível também que ela tenha pulado um declive e se tivesse passado por ali teríamos encontrado machucados em seu corpo que, no entanto, estava íntegro", declarou o procurador Fojadelli aos jornais italianos.
Segundo a advogada de Simone, os elementos da procuradoria não são suficientes para mantê-la na prisão.
"A senhora Moreira forneceu uma versão coerente dos fatos e não me parece que os elementos em poder da procuradoria sejam suficientes para sustentar uma acusação tão grave", disse a advogada Alvise Tommaseo Ponzetta ao Corriere della Sera.
Segundo o procurador Fojadelli, contudo, Simone teria uma personalidade "perturbada", sofreria de depressão e no passado teria tentado o suicídio.
O enterro de Giuliana será na semana que vem, após a autópsia. O prefeito da cidade de Salgareda, onde ela morava com o pai, decretou luto.
BBC/GLOBO.COM
Giuliana morreu na quinta-feira, supostamente após ter caído em um rio, no que parecia inicialmente ter sido uma tragédia causada pela distração da mãe, conforme declarou o procurador da república de Treviso Antonio Fojadelli aos jornais italianos.
Mas, depois, de acordo com o procurador, teria ficado evidente que houve crime.
"Decidimos prender Simone Moreira porque houve contradição em seu depoimento com relação ao tempo e à dinâmica do ocorrido", declarou o Fojadelli ao jornal "Corriere della Sera".
De acordo com a primeira reconstrução dos fatos, baseada nas declarações de Simone à polícia, ela teria se distraído e a menina teria passado pelas grades que costeiam o rio, caindo na água.
Guarda compartilhada
Simone tinha ido buscar Giuliana na casa do ex-marido, Michele Favaro, pai da menina. O tribunal de Veneza havia estabelecido a guarda compartilhada de Giuliana, que morava com o pai, gerente do restaurante "O sabor do Brasil" na cidadezinha de Vigonovo di Salgareda, em Treviso.
Conforme o relato da brasileira, no caminho, ela decidiu parar para tomar um sorvete com a filha. Ao ir apanhar os sapatos da menina no carro, teria se distraído um instante e quando voltou não encontrou mais a menina.
Os bombeiros encontraram Giuliana no rio, ainda viva. Levada ao hospital, a menina morreu depois de 24 horas devido à hipotermia que teria sido provocada pela permanência na água por cerca de uma hora.
Contradições
Fojadelli afirmou que dificilmente Giuliana teria caído no rio sozinha devido às barreiras que costeiam o rio.
"A menina não poderia ter passado pelo espaço de 13 centímetros que separa uma grade da outra. É impossível também que ela tenha pulado um declive e se tivesse passado por ali teríamos encontrado machucados em seu corpo que, no entanto, estava íntegro", declarou o procurador Fojadelli aos jornais italianos.
Segundo a advogada de Simone, os elementos da procuradoria não são suficientes para mantê-la na prisão.
"A senhora Moreira forneceu uma versão coerente dos fatos e não me parece que os elementos em poder da procuradoria sejam suficientes para sustentar uma acusação tão grave", disse a advogada Alvise Tommaseo Ponzetta ao Corriere della Sera.
Segundo o procurador Fojadelli, contudo, Simone teria uma personalidade "perturbada", sofreria de depressão e no passado teria tentado o suicídio.
O enterro de Giuliana será na semana que vem, após a autópsia. O prefeito da cidade de Salgareda, onde ela morava com o pai, decretou luto.
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