sexta-feira, 18 de setembro de 2009

MOÇAMBIQUE:G19 preocupa-se com eleições


MAPUTO-Em Moçambique, aumentam as pressões da comunidade internacional face à controvérsia provocada pela exclusão parcial ou total de 27 partidos das eleições de Outubro próximo.
Esta quinta-feira coube a vez aos parceiros programáticos do governo que contribuem em cerca de 50% para Orçamento Geral do Estado.
O chamado G-19 manifestou-se preocupado com a transparência do processo que levou à controversa decisão tomada pela Comissão Nacional de Eleições.
O anúncio publicitário da Comissão Nacional de Eleições continua a passar nas estações de rádio e televisão nacionais.
Porém, o que parece não passar são os receios que têm estado a ser manifestados pelos parceiros internacionais de Moçambique.
Isto acontece desde que eclodiu o imbróglio causado pela exclusão por alegadas irregularidades, segundo os órgãos eleitorais, de vários partidos das eleições de Outubro.
Depois da União Europeia e dos Estados Unidos, agora manifestou publicamente a sua preocupação o chamado G-19.
Reacção
Este grupo junta o Banco Africano de Desenvolvimento, o Canadá, a Comissão Europeia, França e Alemanha, entre outros países e instituições, responsáveis por cerca de 50% do orçamento geral do estado.
A presidência dos parceiros programáticos de Moçambique, como também são conhecidos, está a cargo do Embaixador Finlandês, Kari Alanko.
"O compromisso de Moçambique para com um processo político livre, credível e democrático é um pilar fundamental para a nossa cooperação de parceria para o desenvolvimento a longo prazo", disse.
"É por isso que estamos preocupados com a falta de divulgação da informação relacionada com as mais recentes decisões que influenciaram a participação de tantos candidatos nas próximas eleições."
Alanko acrescentou que as razões nem sempre foram bem comunicadas e compreendidas, o que nalguns casos tem criado a impressão de falta de transparência.
"Não é claro que todos os procedimentos tenham sido seguidos correctamente ou que tenham sido respeitados os prazos e o calendário eleitoral."
Os parceiros programáticos de Moçambique advertem ainda que a credibilidade das eleições de Outubro poderão ser postas em causa se esta controvérsia não for ultrapassada.
A última palavra cabe agora ao Conselho Constitucional, em cujas mãos estão agora as queixas apresentadas pelos partidos excluídos das eleições de Outubro próximo.
O chamado G-19 diz esperar uma decisão sábia, acrescentando que espera uma solução urgente para o imbróglio.
Enquanto há quem aplauda este desenvolvimentos, há também quem os censure, por entre sugestões de ingerência.
BBC AFRICA-Por Eleutério FenitaCorrespondente da BBC em Maputo

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