Mais da metade dos cidadãos holandeses com raízes turcas ou marroquinas consideraria deixar a Holanda devido à crescente popularidade do político antimulçumano Geert Wilders.
HAIA-Os dados são de uma pesquisa realizada pela agência Motivaction para o canal de televisão NCRV. Os resultados também apontam que um terço destas pessoas definitivamente emigraria. Segundo as últimas estimativas, cerca de um milhão de mulçumanos vivem na Holanda, montante que representa um pouco mais de 5% da população do país. O Partido da Liberdade (PVV), de Geert Wilders, conquistou 17% dos assentos holandeses nas eleições para o Parlamento Europeu, realizadas no começo de junho. Entre suas propostas estão a expulsão da Bulgária e da Romênia da União Europeia e a deportação em massa de imigrantes da Holanda. Wilders também já comparou o Corão ao livro Minha Luta, de Adolf Hitler, e enfrenta actualmente um processo por incitação ao ódio. Desde março, a popularidade do Partido da Liberdade é superior a 30%, número suficiente para torná-lo o maior partido no parlamento holandês caso as eleições fossem realizadas hoje.
DiscriminaçãoApesar de um quarto dos holandeses com raízes turcas ou marroquinas terem afirmado que se sentem em casa na Holanda, 57% disseram que se sentem menos confortáveis com a crescente popularidade do Partido da Liberdade. Dois entre cada cinco entrevistados acreditam ser mais discriminados do que antes, e quase um quarto disse sofrer discriminação regularmente. Além disso, 75% acreditam que a popularidade de Geert Wilders intensificou sentimentos negativos contra mulçumanos entre cidadãos holandeses.
A pesquisa também revelou que 20% dos cidadãos com antepassados turcos ou marroquinos concordam em alguns pontos com Geert Wilders e dizem entender os motivos pelos quais os holandeses o elegeram. A melhor estratégia para combater a crescente popularidade do líder extremista, segundo os entrevistados, seria simplesmente ignorar o Partido da Liberdade. Soluções como a abertura de diálogo com Wilders, protestos nas ruas e a criação de um partido mulçumano também foram mencionadas.
AceitaçãoO resultado da pesquisa repercutiu na imprensa holandesa. O vereador de Roterdão, Hamit Karakus, que nasceu na Turquia, disse ao jornal Volkskrant que apesar de seus filhos falarem holandês, entenderem e aceitarem os costumes locais e serem bem educados, eles ainda não se sentem aceitos pela sociedade.
"Eles também se perguntam se haverá futuro para eles neste país", diz o vereador. Hamit Karakus também afirmou que a notoriedade do Partido da Liberdade e de Geert Wilders estão incitando uma pequena mas crescente minoria mulçumana radical na Holanda.
DiscriminaçãoApesar de um quarto dos holandeses com raízes turcas ou marroquinas terem afirmado que se sentem em casa na Holanda, 57% disseram que se sentem menos confortáveis com a crescente popularidade do Partido da Liberdade. Dois entre cada cinco entrevistados acreditam ser mais discriminados do que antes, e quase um quarto disse sofrer discriminação regularmente. Além disso, 75% acreditam que a popularidade de Geert Wilders intensificou sentimentos negativos contra mulçumanos entre cidadãos holandeses.
A pesquisa também revelou que 20% dos cidadãos com antepassados turcos ou marroquinos concordam em alguns pontos com Geert Wilders e dizem entender os motivos pelos quais os holandeses o elegeram. A melhor estratégia para combater a crescente popularidade do líder extremista, segundo os entrevistados, seria simplesmente ignorar o Partido da Liberdade. Soluções como a abertura de diálogo com Wilders, protestos nas ruas e a criação de um partido mulçumano também foram mencionadas.
AceitaçãoO resultado da pesquisa repercutiu na imprensa holandesa. O vereador de Roterdão, Hamit Karakus, que nasceu na Turquia, disse ao jornal Volkskrant que apesar de seus filhos falarem holandês, entenderem e aceitarem os costumes locais e serem bem educados, eles ainda não se sentem aceitos pela sociedade.
"Eles também se perguntam se haverá futuro para eles neste país", diz o vereador. Hamit Karakus também afirmou que a notoriedade do Partido da Liberdade e de Geert Wilders estão incitando uma pequena mas crescente minoria mulçumana radical na Holanda.
RNW
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