O Governo chinês anunciou um donativo de 7,5 milhões de dólares (cerca de 5,3 milhões de euros) para ser investido em sectores a definir pelos Executivos cabo-verdiano e chinês.O acordo foi assinado na capital cabo-verdiana entre o ministro assistente dos Negócios Estrangeiros chinês, Zai Ju, que se encontra de visita ao arquipélago, e pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros cabo-verdiano, Jorge Borges.
Jorge Borges frisa que se trata do maior pacote financeiro do género a nível governamental assinado entre os dois países, salientando que, em breve, serão assinados outros acordos específicos para definir as áreas que poderão ter acesso a esse fundo.Jorge Borges realça que a China tem sido um dos importantes parceiros de Cabo Verde e afirma que a visita do ministro assistente é uma "oportunidade" para o aprofundamento do diálogo político sobre as relações bilaterais mas também sobre questões regionais e internacionais. "Recentemente foi criada a Comissão Conjunta de Cooperação Económica, Comercial e Técnica, tendo em conta as expectativas do país de uma maior previsibilidade na cooperação técnica e governamental e que se integram na estratégia nacional de desenvolvimento", sublinha, lembrando que em cima da mesa está um pacote mais vasto, de 240 milhões de dólares (171 milhões de euros).
A China tem já em curso uma série de projectos em diferentes domínios, com destaque para as áreas sociais e de luta contra a pobreza - barragem de Poilão, maternidade e centro de consultas e enfermaria do Hospital Agostinho Neto, escolas rurais, prevendo-se o apoio de Pequim para a construção, de raiz, do Estádio Nacional.
A China pretende que haja uma maior concertação entre os dois Governos a fim de permitir que os projectos já firmados se iniciem o mais rapidamente possível.
Nesse sentido o MNE adjunto chinês apelou às autoridades cabo-verdianas para impulsionarem as empresas dos dois países a estudar novas formas de cooperação, sobretudo nas áreas das pescas, infra-estruturas e telecomunicações.
O governante chinês está em Cabo Verde desde segunda-feira no quadro de uma digressão africana que o levou à África do Sul, Lesoto e Guiné-Bissau, concluindo-a quinta-feira na Mauritânia.Questões relacionadas com o diálogo político, nomeadamente as relações bilaterais e questões internacionais e regionais, a questão da reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas e o diálogo África-China em particular, constam na agenda do governante chinês.
OJE/LUSA
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentar com elegância e com respeito para o próximo.