PRAIA-O arquipélago de Cabo Verde possui, neste momento, mais de novecentos deportados cabo-verdianos de acordo com os dados provisórios facultados pelo Instituto das Comunidades e 50 por cento são oriundos dos Estados Unidos da América.
Os cabo-verdianos retornados, por imposição da lei dos países de acolhimento, chegam dos Estados Unidos, Portugal, França, Brasil, Canadá e Luxemburgo.
Cerca de 94 por cento dos expatriados são do sexo masculino. A maioria é filhos de emigrantes nascidos no país de acolhimento ou crianças que saíram pequenas de Cabo Verde e nunca tiveram contacto com a realidade insular.
De acordo com Nádia Marçal, coordenadora Nacional do Projecto de Integração de Deportados em Cabo Verde, chega ao arquipélago uma média de 3/4 retornados forçados por mês.
São na grande maioria jovens e o processo de deportação é duro e humilhante. Chegam sem pertences, sem documentação, sem vínculos familiares em Cabo Verde, o que torna difícil o processo de estabilização.
Um dos programas do Projecto de Integração dos Deportados é a criação de uma rede de apoio social aos expatriados que se estende dos Estados Unidos da América a Cabo Verde. A pretensão é melhorar o apoio e o acompanhamento do país de origem (pais de acolhimento) ao de retorno (Cabo Verde).
“Se conseguimos compilar dados dos indivíduos retornados antecipadamente, podemos preparar para receber e encaminhá-los às instituições e tentar, com isso, minimizar as carências que sofrem de forma a garantir a sua autonomia”, refere a coordenadora.
Para isso é necessário a criação de uma rede interna de funcionamento social que envolva um trabalho não só do Instituto das Comunidades, mas também de outras instituições sociais do país, visando desenvolver um trabalho interdisciplinar.
“O Instituto das Comunidades tem como missão receber, acolher e acompanhar os casos dos retornos forçados, mas não possui recursos humanos e financeiros, nem é a sua obrigação lidar com os deportados em todos os aspectos”, explica.
Até o momento, o Instituto já gastou cerca de cinco mil contos em projectos socioeconómicos, insuficientes para contemplar as demandas. Não possui um orçamento específico para questão de deportação, esclarece Nádia Marçal, inclusive carece de condições para fazer um levantamento do número exacto dos deportados existentes no país.
São projectos em processo de estudo e análises no intuito de solicitar auxílio internacional em instituições que desenvolvem projectos do género para avaliações conjuntas e apostar na reestruturação do programa nacional de intervenção junto aos deportados que não param de chegar ao país.
Inforpress/Fim.
Os cabo-verdianos retornados, por imposição da lei dos países de acolhimento, chegam dos Estados Unidos, Portugal, França, Brasil, Canadá e Luxemburgo.
Cerca de 94 por cento dos expatriados são do sexo masculino. A maioria é filhos de emigrantes nascidos no país de acolhimento ou crianças que saíram pequenas de Cabo Verde e nunca tiveram contacto com a realidade insular.
De acordo com Nádia Marçal, coordenadora Nacional do Projecto de Integração de Deportados em Cabo Verde, chega ao arquipélago uma média de 3/4 retornados forçados por mês.
São na grande maioria jovens e o processo de deportação é duro e humilhante. Chegam sem pertences, sem documentação, sem vínculos familiares em Cabo Verde, o que torna difícil o processo de estabilização.
Um dos programas do Projecto de Integração dos Deportados é a criação de uma rede de apoio social aos expatriados que se estende dos Estados Unidos da América a Cabo Verde. A pretensão é melhorar o apoio e o acompanhamento do país de origem (pais de acolhimento) ao de retorno (Cabo Verde).
“Se conseguimos compilar dados dos indivíduos retornados antecipadamente, podemos preparar para receber e encaminhá-los às instituições e tentar, com isso, minimizar as carências que sofrem de forma a garantir a sua autonomia”, refere a coordenadora.
Para isso é necessário a criação de uma rede interna de funcionamento social que envolva um trabalho não só do Instituto das Comunidades, mas também de outras instituições sociais do país, visando desenvolver um trabalho interdisciplinar.
“O Instituto das Comunidades tem como missão receber, acolher e acompanhar os casos dos retornos forçados, mas não possui recursos humanos e financeiros, nem é a sua obrigação lidar com os deportados em todos os aspectos”, explica.
Até o momento, o Instituto já gastou cerca de cinco mil contos em projectos socioeconómicos, insuficientes para contemplar as demandas. Não possui um orçamento específico para questão de deportação, esclarece Nádia Marçal, inclusive carece de condições para fazer um levantamento do número exacto dos deportados existentes no país.
São projectos em processo de estudo e análises no intuito de solicitar auxílio internacional em instituições que desenvolvem projectos do género para avaliações conjuntas e apostar na reestruturação do programa nacional de intervenção junto aos deportados que não param de chegar ao país.
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