ESTRASBURGO-O Parlamento Europeu reconduziu hoje, em Estrasburgo, José Manuel Durão Barroso na presidência da Comissão Europeia por mais cinco anos.
O ex-primeiro-ministro português obteve 382 votos a favor, 219 contra e 117 abstenções.
O sentido do voto de cada um dos europarlamentares foi mantido secreto apesar de a votação ter sido feita com a utilização de meios electrónicos, o que não permite verificar o número de deputados que fugiu à indicação feita por cada uma das famílias políticas europeias.
O sentido do voto de cada um dos europarlamentares foi mantido secreto apesar de a votação ter sido feita com a utilização de meios electrónicos, o que não permite verificar o número de deputados que fugiu à indicação feita por cada uma das famílias políticas europeias.
Há cinco anos, quando foi eleito para o primeiro mandato, Durão Barroso tinha obtido 413 votos a favor, 251 contra e 44 abstenções.
O ex-primeiro-ministro português inicia agora a tarefa de formar a próxima equipa de comissários europeus, que terá de passar por novo escrutínio do Parlamento Europeu.
Em princípio a próxima Comissão Europeia deveria iniciar funções em 1 de Novembro, mas o referendo na Irlanda a 2 de Outubro sobre o Tratado de Lisboa e as alterações institucionais que irá provocar levam a um muito provável atraso, até ao fim do ano, da tomada de posse.Se o Tratado de Lisboa já estivesse em vigor, Durão Barroso teria de ser eleito com os votos favoráveis da maioria simples do número total dos eurodeputados, pelo menos 369 dos 736 membros actuais do Parlamento Europeu.
A votação foi, no entanto, ainda feita com as regras do Tratado de Nice, que estipula que a eleição é realizada com a maioria simples dos votos expressos (a abstenção não conta). Antes do acto eleitoral de hoje Durão Barroso recebeu o apoio de três famílias políticas europeias: a sua família política, o grupo do Partido Popular Europeu (PPE) e o mais importante do PE, com 265 dos 736 dos deputados; os liberais (ALDE), o terceiro grupo com 84 assentos; e os reformistas e reformadores, a quinta força, com 54 eurodeputados. Os oito deputados do PSD e os dois do CDS-PP pertencem ao PPE.Deram indicação de voto negativa os Verdes, a quarta força, com 55 membros; a Esquerda Unitária, sexta força, com 35 eurodeputados, entre os quais dois membros do PCP; e o grupo nacionalista e anti-europeu Europa da Liberdade e Democracia, com 32 membros.O grupo dos socialistas europeus (S&D), a segunda maior força do PE, com 184 deputados, decidiu que os seus membros deviam abster-se. No entanto, os deputados do PS (portugueses) e PSOE (espanhóis), pelo menos, não esconderam que dariam o seu apoio a Durão Barroso, à excepção da deputada socialista Ana Gomes.
O actual presidente da Comissão Europeia foi indigitado pelo Conselho Europeu (chefes de Estado e de Governo), em Julho último, tendo agora sido confirmado no lugar pelo Parlamento Europeu.
OJE/LUSA.PT
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