LUANDA-O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, lamenta que os países em vias de desenvolvimento, os menos poluidores, sejam os que mais sofrem as consequências das alterações climáticas.
José Eduardo dos Santos, que discursava na cerimónia de abertura da 18.ª sessão da Assembleia Paritária ACP-UE, disse que a luta contra a pobreza no mundo passa "necessariamente pela luta contra o aquecimento global".
"O desenvolvimento pode e deve contribuir para travar e fazer reverter a tendência de degradação ambiental, que tem causado as alterações climáticas, e a esse desenvolvimento devem poder aceder todos os países", referiu o presidente.
Eduardo dos Santos pediu a colaboração de todos os Estados, assumindo cada um as suas responsabilidades pela quota-parte que lhes cabe na relação entre causa e efeito do fenómeno, para a resolução do problema "com eficácia".
"Neste quadro, desejamos que a União Europeia continue a prestar o seu apoio aos nossos esforços de capacitação no domínio da gestão sustentável dos recursos naturais, no combate à desertificação e desflorestação ilegal e na prevenção das catástrofes ambientais".
Durante o discurso José Eduardo dos Santos deu a conhecer aos deputados os desenvolvimentos alcançados por Angola nos sete anos de paz, desde o fim da guerra em 2002, mostrando disponibilidade para a abertura de outras parcerias no sentido de "multiplicar esforços e resultados".
"Espero que desta conferência saiam compromissos que consolidem e aprofundem as relações de amizade e cooperação entre as Nações e contribuam para a defesa da paz e dos valores comuns aos nossos povos e países", sublinhou.
O presidente angolano exprimiu a sua satisfação pela escolha de Angola para acolher a sessão da 18.ª Assembleia Paritária ACP-UE, que começou sábado e termina quinta-feira, reunindo mais de três centenas de deputados da África, Caraíbas e Pacífico e da União Europeia.
OJE/LUSA
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