sexta-feira, 27 de novembro de 2009

PORTUGAL:FIC foi mais um momento significativo para as empresas portuguesas


A Feira Internacional de Cabo Verde (FIC) constituiu, mais uma vez, um momento significativo para as empresas portuguesas interessadas no mercado cabo-verdiano, disse  à Agência Lusa o delegado da AICEP na Cidade da Praia.
PRAIA-João Pedro Pereira, que chefia a missão em Cabo Verde da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), fazia à Lusa um balanço da 13ª edição do certame, que, no fim-de-semana passado, reuniu no Mindelo, ilha de São Vicente, mais de 80 empresas, 40 delas portuguesas.
"A FIC respeitou os seus pergaminhos e foi mais um momento significativo para as empresas portuguesas interessadas no mercado de Cabo Verde. Tem sido, ao longo dos anos, um momento introdutório de empresas portuguesas no mercado de Cabo Verde, o que leva muitas delas a instalarem-se no país, enriquecendo a oferta, com os seus produtos, serviços e «know-how»", sustentou.
Para João Pedro Pereira, a FIC tem sido um "factor de captação de investimento e de criação de emprego", através das empresas que se instalaram em Cabo Verde após participarem na Feira, que se desdobrou na promoção de contactos entre operadores dos dois países, bem como do Brasil, servindo de ponte para a resolução de problemas.
Segundo o delegado da AICEP em Cabo Verde, na edição deste ano, as empresas portuguesas destacaram-se na FIC "pela novidade dos produtos e soluções" que apresentaram e, sobretudo, "pelo esforço que significa participar numa feira internacional num clima económico adverso".
"As empresas que estiveram presentes são exemplo, de que, estes períodos menos bons, são, também, de oportunidade. Todas as empresas portuguesas trouxeram produtos e soluções de elevada qualidade, que se ajustam, na exacta medida, às necessidades deste mercado", acrescentou.
"Desde os materiais de construção aos produtos alimentares, das renováveis aos materiais agrícolas, dos produtos e materiais eléctricos ao mobiliário. Foi uma participação que dignificou a economia portuguesa", sublinhou.
No mesmo sentido foi o secretário de Estado da Economia de Cabo Verde, que, enaltecendo a presença elevada de expositores portugueses, realçou que a FIC "provou que também num contexto difícil se conseguem fazer bons negócios" num certame que, defendeu, "já é uma referência na economia cabo-verdiana".
Humberto Brito elogiou a parceria entre a FIC, Associação Industrial Portuguesa (AIP) e Feira Internacional de Lisboa (FIL), considerando que "valeu a pena", sobretudo por, referiu, se aguarda uma retoma do crescimento económico em 2010.
No final do certame, a Associação Portuguesa de Certificação (APCER) assinou com a Câmara de Comércio de Barlavento e com a Associação Comercial, Agrícola e Industrial de Santiago Norte (ACAISA) dois protocolos de colaboração.
Para Manuel Monteiro, da Câmara de Comércio, a assinatura dos protocolos significa "pôr no papel o que há muito existe entre Portugal e Cabo Verde", mas também uma preocupação maior com a qualidade dos serviços e dos produtos.
A APCER é um organismo português privado que se dedica à certificação de sistemas de gestão, serviços, produtos e pessoas, de forma a garantir a qualidade e promovendo vantagens competitivas às entidades, públicas ou privadas, tanto portuguesas como internacionais.
DN/LUSA

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