Carlos Veiga acusa PAICV de ter endividado o País
Para o líder do MpD, enquanto José Maria Neves prometeu atingir metas de pelo menos 10% para o crescimento económico, menos de 10% para o desemprego e não mais de 10% para a pobreza, “a realidade do País é outra. O país está em declínio económico persistente
BOSTON-O presidente do Movimento para a Democracia, Carlos Veiga, falando aos participantes da “Primeira Convenção da Família Democrática na Diáspora” que teve lugar sábado, 28, no Auditório do Salão Nobre de Venus de Milo, em Swansea, nos EUA, disse que “2011 será a hora de viragem em Cabo Verde” e que disso não tem dúvidas.
Veiga defende que “é urgente salvar Cabo Verde do rumo que vem tomando”. Que isso ficou claro durante a discussão do Orçamento do Estado para 2010. Que a discussão mostrou “claramente que nenhuma das metas fundamentais estabelecidas no Programa de Governo de 2006 foi cumprida”.
Os jovens são os mais afectados pelo desgoverno de JMN
Para o líder do MpD, enquanto José Maria Neves prometeu atingir metas de pelo menos 10% para o crescimento económico, menos de 10% para o desemprego e não mais de 10% para a pobreza, “a realidade do País é outra. O país está em declínio económico persistente; a economia está a crescer apenas cerca de metade do que deveria, uma terça parte da meta que havia sido estabelecida pelo Governo”.
Carlos Veiga garante que “o desemprego vem aumentando”. Hoje situa-se a um nível que “é quase duas vezes e meia superior à meta que o Governo estabeleceu. O desemprego é ainda maior entre as mulheres e sobretudo entre os jovens: quase um em cada dois jovens está desempregado”. E a grande verdade é que “quem falha no desemprego falha na governação!”
Veiga disse aos presentes que “o País dá sinais de fragilidades preocupantes a vários níveis”. O investimento estrangeiro reduziu-se drasticamente. Os impostos já não chegam para financiar as despesas correntes do Estado. E para compensar o Governo está a fazer dívidas cada vez maiores, através de empréstimos.
Por causa das dívidas, e durante cerca de 50 anos, “cada cabo-verdiano deve já cerca de 16.000$00 por mês e de quase 200.000$00 por ano”. As despesas totais do Estado já ultrapassam as suas receitas totais em mais de doze por cento, o triplo do que é internacionalmente aceitável.
“Estamos a descer no Índice de Desenvolvimento Humano e no Doing Bussiness. Também estamos a perder no nosso rating de risco país”, disse Carlos Veiga, para quem isso significa que “fomos ultrapassados por países que estavam atrás de nós; que não somos competitivos a atrair investimentos”. Assim, “entre as ilhas do mundo, os nossos indicadores e a nossa competitividade são dos piores”.
Por isso, Veiga convidou os presentes a lutarem para mudar. “É preciso mudar! E esta é a hora de responder à esperança dos cabo-verdianos num futuro melhor. Temos de sair do buraco em que o país está profundamente mergulhado”, disse.
LIBERAL.SAPO.CV
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