Em 2007, a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) retirou o sigilo de diversos documentos da época da Guerra Fria. Entre eles está um manual de truques e enganação criado em 1953 e que deveria ter sido destruído vinte anos depois. O documento foi obra de um ilusionista, John Mulholland, contratado exatamente para essa tarefa. Agora, editado e revisado, o manual foi publicado e está sendo vendido por 15 dólares.
Já pode ser comprado na internet por US$ 15 um documento contendo técnicas para enganar, enviar mensagens secretas e esconder objetos. O documento, na verdade, pertence à agência de inteligência norte-americana CIA e foi redigido em 1953 com base em ilustrações do ilusionista John Mulholland, contratado na época, por US$ 3 mil para desenvolver truques com este fim.
Todas as cópias do manual, e um artigo relacionado sobre sinais secretos, deveriam ter sido destruídos em 1973.
No entanto, Robert Wallace e Keith Melton, conhecidos pelo trabalho em guias de espionagem, encontraram uma cópia em 2007 em meio a uma série de outros documentos que foram liberados ao público pela CIA. Agora, em edição revisada, “O guia oficial da CIA de truques e enganação” (em tradução livre) já pode ser comprado facilmente no site da Amazon, por exemplo.
O livro contém dicas sobre como parecer um idiota, como se esconder em meio a garrafas de água ou em outros compartimentos e como dizer “eu tenho informação” e “me siga” usando os cadarços do calçado. Também ensina como pegar um documento que está em uma mesa utilizando adesivos abaixo de um livro ou pasta, que, então, é colocado sobre o documento, que irá colar no adesivo e assim ser levado junto quando este for retirado pelo dono.
Outras técnicas incluem “colocar pílulas em bebidas sem ser notado” e “remoção sorrateira de objetos por mulheres”.
O manual foi parte de uma iniciativa da CIA denominada MK-ULTRA, que, na época da Guerra Fria, buscava encontrar maneiras de controlar a mente das pessoas. O projeto levou a uma série de experimentos secretos da agência com drogas como o LSD. Mas não foi a primeira vez que governos buscaram a ajuda de ilusionistas para táticas de guerra e espionagem. O mágico Harry Houdini trabalhou para o serviço secreto britânico em operações na Alemanha e na Rússia, por exemplo.
GLOBO.COM
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