Os dados foram avançados pela directora dos Serviços de Epidemiologia do Ministério da Saúde de Cabo Verde, Maria de Lurdes Monteiro, que, pela primeira vez, os divulgou por ilhas e se mostrou "satisfeita" por a tendência de novos casos diários estar "claramente a demonstrar uma descida acentuada".
Apesar de a epidemia ter sido detectada em Setembro, só a partir de 26 de Outubro o Ministério da Saúde cabo-verdiano os começou a contabilizar, tendo sido registados 19.031 casos, com 172 deles a evoluírem para febre hemorrágica, que provocaram seis óbitos.
O total de vítimas mortais, todas em Santiago (cinco na Cidade da Praia e uma no Tarrafal), mantém-se inalterável desde 6 deste mês.
Segundo dados recolhidos pela agência Lusa junto do Ministério da Saúde cabo-verdiano a ilha do Fogo, vizinha da de Santiago, regista o segundo maior número de casos, que afectaram até hoje 3.238 pessoas, quase 10% do total da população (37.409 habitantes).
Também "vizinhas" de Santiago, as ilhas do Maio (cerca de 6.700 habitantes) e da Brava (cerca de 6.800) seguem-se à do Fogo, com a primeira a registar 678 casos e a segunda 157.
Nas ilhas do Barlavento - Santo Antão, São Vicente, São Nicolau, Sal e Boavista - a quase totalidade dos casos são "importados" das do Sotavento, segundo Maria de Lurdes Monteiro, havendo um único caso de doença, no Sal, que foi detectada entre a população local.
Em São Vicente e no Sal foram contabilizados 18 casos, 14 em São Nicolau, cinco na Boavista e quatro em Santo Antão.
Segundo Maria de Lurdes Monteiro a tendência de descida do número de novos casos diários tem-se mantido, tendo nas últimas 24 horas sido detectados "apenas" 140 casos, quando há cerca de uma semana a média se situava nos 400 e, há duas nos 1.000.
OJE/LUSA
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