Uma multidão de pessoas participou na “Primeira Convenção da Família Democrática na Diáspora”
O entusiasmo entre os participantes era grande
Mudança era a palavra mais ouvida entre os participantes da “Primeira Convenção da Família Democrática na Diáspora” que abarrotaram o salão com capacidade para mais de mil pessoas. Cada um apresenta as suas razões para justificar o fim de José Maria Neves.
BOSTON-O número de participantes na “Primeira Convenção da Família Democrática na Diáspora” foi tão grande que surpreendeu os próprios dirigentes do MpD. Mas não foram só os dirigentes do MpD que se surpreenderam. Surpreenderam-se também os próprios participantes com quem falamos.
Até mesmo Carlos Veiga, presidente do MpD, provavelmente também terá sido surpreendido pela imensa multidão que se deslocou ao Auditório do Salão Nobre de Venus de Milo, em Swansea, nos Estados Unidos da América, para participarem na “Primeira Convenção da Família Democrática na Diáspora”.
Participantes garantem a Carlos Veiga todo o apoio
Viu-se e notou-se quando, em ambiente de festa escaldante Carlos Veiga se dirigiu à multidão dizendo que “com o coração cheio de alegria, prazer e emoção”, participava no evento.
Antes de Carlos Veiga, já haviam discursado figuras como Isaura Gomes e Eurico Monteiro, também eles bastante aplaudidos. Recorde-se que o MpD deslocou-se com a maior delegação que alguma vez fez deslocar ao estrangeiro, mais de trinta elementos.
Entre os participantes a alegria e satisfação era visível. A presença de tanta gente fez acreditar que a vitória nos EUA é possível. Mais do que isso, ouviram-se várias vezes coros que gritavam “dois a zero, dois a zero, dois a zero…” (referindo-se aos dois mandatos do círculo da América).
Falamos com vários participantes. Jony, João de Pina Semedo, natural da Praia, a viver mais de 20 anos nos EUA, disse-nos: “nunca esperei ver tanta gente aqui na América a apoiar o MpD”. Para ele, “a maioria das pessoas não são do PAICV. O que acontece é que o PAICV só recenseia as pessoas do PAICV”.
Outro participante, uma jovem estudante, Damila Fonseca, diz que votou uma vez no PAICV, mas que “neste momento precisamos de mudar em Cabo Verde porque este governo não nos garante vida melhor. É um governo que engana-nos durante cinco anos e depois vem nos pedir votos”.
De todos os ângulos é visível a multidão
Fonseca diz não entender como pode o actual primeiro-ministro ter intenções de se recandidatar depois de lá estar há 10 anos. “Ele pensa que não há mais nenhum cabo-verdiano com capacidades para governar a nossa terra?”, pergunta.
Lu, uma bancária de sucesso e bastante conhecida entre os emigrantes, diz que o Governo de José Maria Neves está esgotado e “só tem prejudicado os emigrantes”.
Para ela o primeiro-ministro “prometeu tanta coisa e não cumpriu nada”. Enumera como casos flagrantes a promessa de diminuição de impostas e algumas isenções prometidas. Ao contrário, diz, “José Maria Neves aumentou os encargos fiscais aos emigrantes. Hoje paga-se mais nas alfândegas do que se paga em 2001. Prometeu-nos que os bilhetes na TACV seriam mais baixos e aumentou”. Por isso diz que está motivada a trabalhar para que o MpD ganhe. “É a nossa única esperança”, remata.
LIBERAL.SAPO.CV
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