De acordo com os dados da delegação do porto, a cabotagem, com 106,8 mil toneladas, registou um ligeiro crescimento de 1,9%, consolidando os registos do ano anterior, e também um ligeiro aumento de 3,1 pontos percentuais da sua quota, atingindo 31,7 % do total do tráfego do porto.
O tráfego de longo curso, por sua vez, registou 230,5 mil toneladas, ficando 31,6 mil toneladas abaixo do ano anterior, um significativo decréscimo, dos 5,1% do período anterior para -12,1%, perdendo ligeiramente a sua quota e passando a representar 68,3% do total.
Quanto à distribuição do tráfego pelas operações, a descarga como actividade predominante, representando 77,6% do total do tráfego, registou 261,7 mil toneladas, o que representa uma significativa redução, com um decréscimo de -7,9%, correspondente a 22,4 mil toneladas, em relação ao semestre do ano transacto.
O tráfego de cabotagem permaneceu nos níveis de 2008, com um total de 106, 8 mil toneladas, e um crescimento global de 1,9%.
Na distribuição, depois da aceleração registada no período anterior, as quantidades embarcadas, no total de 49,3 mil toneladas, decresceram 6,1%, ou 3,2 mil toneladas, enquanto as quantidades desembarcadas, 57,5 mil toneladas, cresceram em 10,0%, o correspondente a 5,2 mil toneladas.
Em relação ao período anterior houve uma inversão da carga, que passou a representar 46,2% do total, enquanto a descarga, que mantém o crescimento, passou a representar 53,8% do total movimentado.
As operações de descarga de cabotagem registaram um crescimento em praticamente todos os segmentos de carga, excepto contentores, que por sua vez passaram a ser cada vez mais transportados no roll-on/roll-off (ro-ro). Com efeito o destaque vai para a carga ro-ro, que suplantou o granel líquido, tendo crescido 23%. O tráfego ro-ro continua a crescer, tendo atingido a marca de 23%, ou 1,6 mil toneladas, acima dos anteriores 16,4%, menos 968 toneladas, e representa 14,7% do total. Registou-se ainda uma remessa, ocasional, de cimento da Cimpor de Porto Grande, de 2.200 toneladas no ano passado.
As operações de carga de cabotagem registaram um decréscimo de 5,9%, com praticamente todos os segmentos de carga a decrescerem, excepto a carga geral e ro-ro. Destaca-se a redução significativa do tráfego de contentores de 73,4%o, e das sacarias em 14%.
A carga geral registou um crescimento de 9,3%, ou 1,3 mil toneladas, uma ligeira recuperação em relação ao período anterior.
O volume de unidades de carga movimentado, depois de ter registado um crescimento sólido de 72,8% no período anterior, decresceu em 20,3% comparativamente ao ano anterior.
Entretanto o total de carga deste segmento continuou a crescer, tendo registado um aumento de 4,0%, ou 706 toneladas.
Os atrelados continuam a registar um crescimento notável, sustentado pelo crescimento do movimento de contentores, enquanto os camiões, viaturas ligeiras, e motociclos registaram desta vez uma redução significativa.
Dos atrelados movimentados regista-se um decréscimo nas cargas consolidadas sobre os mesmos, e um aumento significativo dos contentores neste transporte.
A distribuição das cargas pelos portos de origem e destino, acompanhando o crescimento registado da carga de cabotagem, aumentou nos de Barlavento e decresceu nos de Sotavento. O porto de São Vicente continua a dominar, seguido do Sal, Boa Vista e Fogo.
O tráfego com a ilha de Boa Vista acabou por registar maior índice de variação, crescendo significativamente o volume de carga. Esta alteração está associada à reposição das ligações com ro-ro e outras embarcações, bem como a remessa de cimento.
OJE/LUSA
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