HAIA-Começaram esta terça-feira a ser julgados no Tribunal Penal Internacional, TPI, em Haia, dois alegados líderes de milícias da República Democrática do Congo acusados de crimes de guerra.
Germain Katanga e Mathieu Ngudjolo Chui são acusados de comandar um ataque a uma aldeia em 2003 e em que mais de 200 pessoas foram mortas.
Eles são também acusados de ordenar ataques contra civis, escravatura sexual, violações e recrutamento de crianças-soldado.
Ambos rejeitam as acusações e expressaram-se solidários com as vítimas.
Este é apenas o segundo julgamento perante o Tribunal Penal Internacional.
O primeiro - envolvendo Thomas Lubanga, o líder de uma milícia rival - começou em 2008 mas conhece atrasos devido a argumentos legais.
A acusação diz que Germain Katanga e Mathieu Ngudjolo Chui lideraram dois grupos de crianças-soldado, das etnias Lendu e Ngiti, e milícias, com o objectivo de "varrer" a aldeia de Bogoro.
Trata-se de uma localidade na província de Ituri, rica em minerais.
Muitas vítimas, principalmente da comunidade Hema, foram mortas com catanas, enquanto as mulheres foram violadas e mortas ou levadas como escravas sexuais, de acordo com as acusações.
Até ao ataque, Bogoro era controlada pela União dos Patriotas Congoleses, controlada por Thomas Lubanga e integrada principalmente por combatentes da comunidade Hema.
A acusação planeia chamar 26 testemunhas; 21 delas vão testemunhar resguardadas do público por recearem represálias.
O julgamento deverá prolongar-se por vários meses.
BBC AFRICA
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