segunda-feira, 9 de novembro de 2009

ALEMANHA:Muro de Berlim caiu há 20 anos

BERLIM-A Alemanha comemora hoje com o derrube simbólico de um dominó gigante o 20.º aniversário da queda do Muro de Berlim, acontecimento que pôs fim à chamada Guerra Fria e alterou o xadrez político mundial.
O Presidente alemão Horst Koehler, a chanceler Angela Merkel, os presidentes da Rússia, Dimitri Medvedev, e da França, Nicolas Sarkozy, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, e o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, assistirão à cerimónia, que decorrerá junto à Porta de Brandenburgo, no centro de Berlim.
Está igualmente prevista a participação de numerosos chefes de Estado e de governo dos países membros da União Europeia, nomeadamente do primeiro-ministro português, José Sócrates, e ainda do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.

Merkel, Gorbatchov e Walesa em passeio a pé
 Antes do acto simbólico, Angela Merkel atravessará a pé, na companhia dos ex-Presidentes da URSS, Mikhail Gorbatchov e da Polónia, Lech Walesa, a ponte no antigo posto fronteiriço da Bornholmer Strasse, que há 20 anos foi o primeiro "rasgão" a abrir-se no Muro.
O ponto alto das festividades será, no entanto, o derrube do dominó gigante com uma extensão de cerca de 1,5 quilómetros. A primeira "pedra" será derrubada por Lech Walesa, para lembrar que foi na Polónia que se começou a rasgar a chamada Cortina de ferro, após a formação do sindicato independente Solidariedade pelos operários dos estaleiros navais de Gdansk, liderados pelo então electricista Walesa.
O Muro de Berlim, também conhecido no ocidente por Muro da Vergonha, começou a ser construído a 13 de Agosto de 1961 pelas autoridades comunistas da República Democrática Alemã (RDA), alegadamente para "pôr fim às provocações revanchistas" da Alemanha Federal e de Berlim-Oeste.
Tentativas de fuga causaram mais de 140 mortos
Na realidade, porém, o regime comunista pretendia travar o enorme fluxo migratório de leste-alemães para o ocidente, devido ao descontentamento da população da RDA pela falta de liberdades e penúria económica.
Desde o fim da II Guerra Mundial, em 1945, cerca de 3,5 milhões de alemães de leste rumaram a Ocidente, virando as costas às promessas igualitárias do partido comunista da RDA.
Mais de 140 pessoas, segundo recentes pesquisas oficiais, tiveram um destino mais trágico e pagaram com a vida, sob as balas dos guardas da fronteira leste-alemã, as tentativas de fuga da RDA rumo ao ocidente.
EXPRESSO.PT

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