A decisão foi anunciada pelo próprio líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, que, em entrevista ao canal de televisão moçambicano, STV, justificou a decisão como um protesto contra os resultados eleitorais, que considera fraudulentos.
Dhlakama, que desde cedo contestou a legitimidade das eleições, garantiu mesmo que a FRELIMO, que venceu as eleições, ordenou o fabrico ilegal de material eleitoral: «A CNE [Comissão Nacional de Eleições] mandou fazer os boletins de voto na África do Sul mas a FRELIMO tinha uma gráfica à parte».
«Fale com o Guebuza [presidente da FRELIMO], para ele explicar como é que o partido dele conseguiu boletins de voto 10 dias antes das eleições», disse.
Dhlakama assegura que a prática fraudulenta não é de agora e, referindo-se às suas anteriores candidaturas presidenciais, garante: «não perdi quatro vezes, fui roubado quatro vezes».
Para o líder da RENAMO, a solução para o país passa pela criação de um Governo de transição, que deverá «reorganizar Moçambique para todos e não para meia dúzia de guerrilheiros da FRELIMO» e preparar «as primeiras eleições democráticas do país».
ABOLA.PT
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