LUANDA-A TAAG foi admitida ao registo 900+ da Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA), que considera que a companhia aérea angolana respeita as melhores práticas internacionais quanto a segurança de voo, segundo fonte do organismo.
"A TAAG atingiu os padrões 900+, que são parte da auditoria da IOSA [organismo de auditoria da IATA] e foi adicionada ao registo [das empresas certificadas]", diz à agência Lusa Steven Lott, director de comunicações da IATA. "Os padrões 900+ são transparentes e representam as melhores práticas internacionais em termos de gestão da segurança operacional", adianta Lott, que se escusa a detalhar quais as melhorias concretas alcançadas pela TAAG para que recebesse a certificação.
Segundo a mesma fonte o processo de certificação permite à TAAG tornar-se membro de pleno direito da IATA, e não está directamente relacionado com as negociações em curso para que a companhia angolana seja retirada da "lista negra" da Comissão Europeia, onde entrou em Julho de 2007, por falta de condições de segurança.
Contudo a certificação dá à TAAG mais um argumento nas negociações, depois de no final de Novembro Bruxelas ter reconhecido progressos nos procedimentos de segurança e autorizado a companhia a aumentar o número de aeronaves utilizadas, a partir de Agosto deste ano, a voar para Portugal.
A Comissão reconheceu "os grandes esforços desenvolvidos pela autoridade angolana da aviação civil e pela transportadora aérea TAAG - Linhas Aéreas de Angola para resolver progressivamente os problemas de segurança".
De acordo com Steve Lott a TAAG deverá agora submeter-se a auditorias da IOSA de dois em dois anos, para verificar o cumprimento dos padrões de segurança.
A Comissão Europeia decidiu em Julho passado levantar a proibição da TAAG de voar no espaço europeu, autorizando a companhia aérea angolana TAAG a retomar os voos para Portugal "apenas com certos aparelhos e segundo condições muito estritas". O comissário europeu dos Transportes, António Tajani, precisou na altura que a TAAG se mantinha na lista-negra da UE, mas era autorizada a realizar dez voos semanais para Lisboa, o que correspondia ao que fazia antes da proibição.
OJE/LUSA
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