terça-feira, 29 de dezembro de 2009

ANGOLA:J.E. DOS SANTOS VOLTA A PEDIR TOLER6ANCIA ZERO Á FALTA DE TRANSPARÊNCIA


LUANDA-O presidente angolano, José Eduardo dos Santos, pediu hoje o apoio dos angolanos na tarefa do governo para 2010, de estabelecer "tolerância zero" à falta de transparência e má gestão da Coisa Pública.

Numa mensagem dirigida à nação, José Eduardo dos Santos solicitou a todos os angolanos que acompanhem o governo no esforço para o início de "uma era que nos permita ir atacando os problemas que foram relegados para segundo plano, porque tínhamos outras prioridades, seja no contexto da consolidação da paz e da reconciliação nacional, seja no contexto da reconstrução nacional", disse o chefe de Estado.
José Eduardo dos Santos relembrou as recomendações saídas do recente VI congresso do MPLA, partido do poder, que advertia para uma atitude "mais responsável" dos governantes e políticos angolanos perante o trabalho e a gestão da coisa pública.
O presidente angolano disse que as medidas para passar da teoria à prática essa intenção estão em estudo, nos planos "legislativo, institucional e partidário".
"Refiro-me especificamente, na minha qualidade de presidente do MPLA, no sentido de levarmos à prática, de forma sustentada, aquilo que foi considerado como intenção de estabelecer uma tolerância zero à falta de transparência e à má gestão", sublinhou.
José Eduardo dos Santos disse ainda que, respondendo a uma das recomendações do congresso, está em curso a tarefa que vai levar à formação de um Governo com menos membros, que deverá ser implementada assim que for aprovada a nova Lei Constitucional, cujo processo decorre actualmente.
No seu discurso, o chefe de Estado falou da realização da Taça Africana das Nações, que Angola vai receber de 10 a 31 de Janeiro, pedindo o apoio de todos os angolanos para que seja "bem realizada".
"Temos todos o dever de organizar bem o CAN e de incentivar e apoiar os nossos jogadores, para que consigam o melhor resultado possível", disse.
Pediu ainda aos angolanos que juntem forças, conjuguem esforços para o início de um processo "participativo, inclusivo", em que cada cidadão possa encontrar um lugar de intervenção para consolidar a paz, continuar a reconstrução nacional e iniciar um processo sustentável de desenvolvimento.
OJE/LUSA

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