Um homem tentou ontem detonar um explosivo a bordo de um voo da Delta Airlines, que fazia a ligação entre Amesterdão, capital da Holanda, e Detroit, nos EUA. O suspeito disse aos interrogadores ser membro da Al-Qaeda, informação confirmada pelos dados dos serviços de informação norte-americanos. A Presidência dos EUA já considerou o acidente como "uma tentativa de atentado".
O avião Northwest Airlines 253 transportava 278 passageiros entre a Europa e os EUA. O incidente ocorreu na altura da aterragem, às 12:00 horas locais, 17:00 em Lisboa. Um passageiro “causou problemas” tentando acender o que parecia ser petardos (um congressista republicano revelou à Fox News que se tratou de um "dispositivo sofisticado"), disse um porta-voz da Delta Airlines, proprietária da Northwest Airlines. “O passageiro foi imobilizado imediatamente. A Delta colabora com o inquérito das autoridades”, disse Susan Elliott.
Um dos passageiros disse à WDIV, afiliada da cadeia televisiva CNN, que a explosão foi pequena e soou como o rebentamento de um balão, mas isso foi suficiente para instalar o pânico a bordo, no momento da aterragem. O suspeito ficou ferido e teve de ser assistido devido às queimaduras que sofreu, que não foram mais graves porque um passageiro se apressou a abafar as chamas.
“O Presidente foi informado acerca do incidente desta manhã, entre as 9:00 e as 9:30, hora do Havai [local onde Barack Obama se encontra de férias]”, adiantou Bill Burton, porta-voz adjunto da Casa Branca. “O Presidente convocou de imediato uma conferência telefónica segura com John Brenan, o seu conselheiro para a segurança interna e o contra-terrorismo, e com Denis McDonough, o secretário-geral do NSS”, o serviço nacional de segurança dependente da polícia federal, explicou Burton.
Obama “ordenou que sejam tomadas todas as medidas necessárias para reforçar a segurança das viagens aéreas. O Presidente acompanha de perto a situação e é regularmente informado”.
Um porta-voz do FBI (Federal Boreau of Investigation, polícia federal) de Detroit disse à AFP que foi aberto um inquérito. Citando um memorando federal, a CNN adiantou que o suspeito disse aos investigadores que foi no Iemén que adquiriu o explosivo e recebeu as indicações sobre como o usar.
Syed Jafry, nigeriano de 23 anos, admitiu ter ligações à rede terrorista Al-Qaeda. O congressista Peter King, membro do Comité de Segurança Interna, disse à Fox News e à CNN que “o suspeito tem ligações ao terrorismo”, segundo os dados dos serviços de informação.
Judith Sluiter, porta-voz do coordenador anti-terrorismo da Holanda, disse que o nigeriano fez escala no aeroporto de Amesterdão-Schiphol, mas não especificou vindo de onde. King adiantou que o suspeito “entrou num avião na Nigéria e fez escala em Amesterdão, com destino a Detroit”.
DN.PT
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