LISBOA-A Protecção Civil está à espera de cheias, esta noite e madrugada, em vários pontos de norte a sul do país. Na zona de Torres Vedras, o temporal da semana passada causou prejuízos a rondar os 40 milhões de euros.
Comerciantes e moradores da principal avenida do Peso da Régua estão a retirar os seus bens por causa da ameaça de subida do caudal do rio Douro.
As previsões apontam para uma subida do caudal do rio entre mais "dois a três metros" até às 2h00, avança o comandante dos bombeiros locais, António Fonseca.
O Tejo deverá galgar as margens e inundar as povoações já habituadas há muito a cheias. O Reguengo do Alviela deverá ficar de novo isolado esta noite.
Nas últimas horas surgiu o aviso para Torres Vedras, devido à eventual subida dos rios Alcabrichel e Sizandro.
Devido aos sistemas de previsão, as populações ribeirinhas estão a ser avisadas pelas Protecções Civis Municipais.
Em Alenquer, sete pessoas ficaram esta tarde desalojadas na sequência do desabamento parcial de uma casa que provocou danos na habitação vizinha. Os desalojados estão agora em casa de familiares.
Prejuízos de 40 milhões no Oeste
Entretanto, o Governo decide esta quarta-feira, em Conselho de Ministros, as medidas de apoio aos agricultores do Oeste afectados pelo temporal que assolou a região há uma semana.
A informação é avançada por José Canha, director Regional da Agricultura de Lisboa e Vale do Tejo, que fez as contas aos prejuízos, que andam na “casa dos 40 milhões de euros”.
“A área de estufas aqui nesta zona situa-se na casa dos 600 hectares, destes 600 hectares 40% estão destruídos na sua totalidade, os outros 40% têm um grau de destruição variável e apenas 20% não tem qualquer destruição. Além das estufas, há os túneis dos morangos que também têm um peso relevante aqui na zona e construções de apoio à exploração agrícola. Estamos a falar em termos directos de cerca de mil postos de trabalho e de prejuízos que se poderão situar na casa dos 40 milhões de euros”.
O Governo ainda não decidiu se avança ou não com uma investigação à EDP devido às quebras no fornecimento de energia eléctrica, que ainda perduram nalgumas zonas do Oeste.
Contactado pela Renascença, o Ministério da Economia explica que vai aguardar pelo relatório da Direcção-geral da Energia e só depois tomará uma decisão.
O mau tempo vai continuar até à passagem de Ano. O Instituto de Meteorologia prevê que a chuva comece a diminuir de intensidade no último dia do ano, já depois de amanhã.
RR.PT
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