VATICANO-A mulher que atirou ao chão o papa Bento XVI na basílica de S. Pedro do Vaticano durante a Missa do Galo, Susanna Maiolo, 25 anos, garante que "não queria fazer mal" ao pontífice.
"Não queria fazer mal ao Santo Padre", garantiu Maiolo aos médicos que a consultaram após dar entrada no departamento de psiquiatria do hospital Santo Spirito, de Roma, próximo do Vaticano, informou hoje a imprensa italiana.
Segundo estas fontes, os médicos que a trataram afirmam que Susanna Maiolo é uma pessoa com "problemas psíquicos" e com "raciocínio instável", que a levaram a tentar acercar-se do papa em duas ocasiões, a primeira durante a Missa do Galo em 2008 e desta vez.
Após um primeiro exame no Hospital Santo Spirito, a mulher com dupla nacionalidade suíça e italiana foi transferida para um centro especializado de psiquiatria dos arredores de Roma, mas não foi revelado qual.
Susanna Maiolo viajou expressamente da Suíça, onde vive, até Roma para participar na missa da meia-noite de quinta-feira, tendo feito o mesmo em 2008, segundo algumas fontes.
O Vaticano tentou minimizar este incidente, que levantou o problema da segurança do papa, mas parece certo existir "preocupação" na Santa Sé, uma vez que Bento XVI "gosta de estar perto das pessoas e é impossível garantir a 100 por cento" a sua defensabilidade.
Face a este episódio, susceptível de procedimento judicial a provar-se que existiu tentativa de agressão, o presidente do Tribunal do Vaticano, Giuseppe Dalla Torre, afirmou ser necessário verificar as condições mentais da mulher.
Sobre a competência de jurisdição, fontes judiciais italianas sublinharam que o que ocorra dentro da basílica de S. Pedro é da competência do Vaticano, como estabelece a concordata de 1929 entre a Itália e a Santa Sé.
Diferente é o que ocorrer na praça de S. Pedro, onde a segurança está entregue à polícia italiana. Quando em 13 de Maio de 1981 o papa João Paulo II foi ali alvejado, o caso passou automaticamente para jurisdição italiana.
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, disse hoje não estar decidido se vai haver acção judicial contra a presumível agressora, mas que "a justiça da Santa Sé é normalmente muito benevolente".
SIC.PT
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